Daniella Faria/ON
O Cpers/Sindicato realizou na manhã desta terça-feira uma mobilização em frente a Catedral Metropolitana de Passo Fundo. As atividades escolares foram interrompidas em cerca de 80% das escolas estaduais da cidade. Mais de cem pessoas interromperam a rua Moron para protestar contra o Pacote do Governo Tarso.
Segundo a presidente do 7º Núcleo do Cpers, Terezinha Bullé, o pacote atava diretamente a previdência dos funcionários públicos do Estado. “Estamos mobilizados também contra o calote das RPVs e pela implementação da lei do piso”, destaca. O piso salarial nacional hoje configura no patamar de R$ 1580. Atualmente um professor, com o salário básico, que fez o magistério, receber R$ 450. Depois, conforme especializações o salário recebe um reajuste. “Que ainda consideramos baixo. Por isso alguns professores chegam a cumprir a carga horária de 60 horas para poder sustentar a família”, ressalta.
Além do protesto, que ocorreu também em outras cidades do Estado, o 7º núcleo do Cpers aproveitou para realizar uma assembleia pública, onde a categoria votou pela paralisação contra o pacote. Esse indicativo será levado a assembleia geral do Sindicato, que acontecerá no dia 22 de junho, em Porto Alegre. “A greve não está descartada. Tudo vai depender de como iremos discuti-la e da movimentação do Governos em relação a aprovação do pacote”, explica.
Quanto ao reajuste aprovado na Câmara dos Deputados de mais de 10%, Bulle diz que ele foi feito em caráter emergência e não satisfaz a defasagem da categoria e por isso a categoria irá continuar mobilizada. Somente neste mês já foram feitas duas paralisações. O 7º núcleo do Cpers abrange 31 municípios e mais de cem escolas estaduais.