Redação/ON
Hipertensos e diabéticos que não fazem uso de medicação, mulheres que não realizam acompanhamento ginecológico e prática da automedicação foram alguns dos casos identificados por alunos do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF) em pesquisa realizada no bairro Zacchia. O trabalho no bairro foi feito com o objetivo de reforçar o aprendizado e contribuir com a qualidade de vida da comunidade local.
Participaram da pesquisa 10 acadêmicos do terceiro nível, que coletaram os dados por dois meses. Acompanhados pela professora Cristiane Barelli, os alunos desenvolveram uma pesquisa com a comunidade buscando levantar as principais demandas na área da saúde. O diagnóstico foi apresentado na tarde de ontem (14), na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, com a presença de profissionais da saúde e representantes da comunidade.
“Ampliamos o compromisso e a responsabilidade dos alunos à medida que eles trazem o resultado aos profissionais e à comunidade. É uma maneira de valorizar o trabalho dos alunos e de beneficiar a comunidade com essa ação”, avalia a professora Cristiane Barelli, ressaltando que a experiência é positiva tanto para os acadêmicos quanto para a população. A acadêmica Valentina Machado relatou como a atividade foi realizada: “nos inserimos na comunidade e levantamos dados referentes ao território, tipos de casas, se possuem abastecimento de água e luz e as condições de saúde dos habitantes. Percebemos que muitos ainda não têm conhecimento sobre como precisam se cuidar para evitar doenças futuras”, explica.
Para o médico da saúde da família Julio Mota, que atua na UBS, o trabalho dos acadêmicos vem ao encontro das necessidades locais. “Atuamos no dia-a-dia, mas é necessário pararmos para planejar nossas ações de forma estratégica. Essas informações com certeza auxiliarão no nosso trabalho”, afirma.
A atividade faz parte da disciplina de Saúde Coletiva e vem sendo desenvolvida há vários meses, sempre com um grupo de alunos dando continuidade ao trabalho da turma anterior.