Cpers paralisa aulas novamente

Sindicato não descarta a possibilidade de greve

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Daniella Faria/ON

Na próxima semana alunos das escolas estaduais devem ficar sem aula novamente. Em assembléia geral, realizada na última semana, o Cpers/Sindicato deliberou uma nova paralisação. O objetivo é pressionar os deputados a votarem contra o Pacote do Governo, que tem como objetivo criar um plano de sustentabilidade financeira, especialmente os que propõem mudanças na previdência.

Segundo a presidente do 7º Núcleo do Cpers, que abrange Passo Fundo e região, Terezinha Bullé, no dia em que for votado o Pacotão, como é chamado, as escolas estaduais terão as atividades paralisadas. “Os dias de paralisação vai depender da movimentação do Governo. O projeto já esta na Assembleia Legislativa. Mas, o Governo é estrategista. Se ele perceber nossa organização é capaz de não votar o projeto no primeiro dia. Estamos mobilizados e organizados para paralisar no dia, ou nos dias, em que o projeto for votado”, declara. A princípio, o projeto deve ser votado na próxima terça-feira. No caso do reajuste salarial dos professores, por exemplo, o projeto ficou na Casa durante três dias.

Terezinha destaca ainda que a possibilidade de greve não está descartada. A princípio o calendário está prevendo somente paralisação, mas tudo depende do resultado das votações. “Estamos mobilizados e organizados para construir uma greve para a lei do piso”, ressalta. Ela diz que qualquer decisão a ser tomada será discutida primeiramente com os professores, funcionários e comunidade escolar.

Eleição
Na próxima terça-feira, 28, acontecem as eleições para o Cpers/Sindicato, tanto a nível estadual, quanto para as regionais. As urnas serão disponibilizadas em todas as escolas estaduais e no interior serão itinerantes. Tem direito a voto todos os sócios do Cpers, como professores, funcionários e aposentados. No 7º Núcleo são três mil sócios, e em todo o estado são mais de 80 mil. “Nosso Sindicato é muito forte. É o terceiro maior da América Latina”, diz.
A eleição acontece das 08h às 22h. A contagem de votos deve durar dois dias, uma vez que o voto é manual e como alguns municípios ficam mais distantes, as urnas devem ser trazidas para a sede do Sindicato. Duas chapas concorrem a eleição regional e três a estadual.

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