Escola Eulina Braga precisa de reformas urgentes

Problemas no telhado foram temporariamente minimizados com a utilização de uma lona, mas infraestrutura requer diversas reformas

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Glenda Mendes/ON

Forração cedendo, goteiras na sala dos professores e da direção, rachaduras nas paredes, assoalho substituído por pranchas de compensado. Esta é apenas parte da situação da infraestrutura da Escola Estadual de Ensino Médio Eulina Braga. Há anos professores e alunos vêm sofrendo com a situação de sucateamento da escola. Até mesmo um prédio que foi construído em 1985 em caráter emergencial para ser usado por apenas cinco anos ainda abriga alunos.

Atualmente a escola atende cerca de 500 alunos e, de acordo com o diretor da escola, Valdemar da Silva Góes, desde que assumiu a direção, em janeiro de 2010, foi feita a solicitação para as reformas. Porém, mas um inverno e temporada de chuvas chegaram e os problemas não foram resolvidos. “Quando assumimos, já fizemos um pedido, chamamos o pessoal da engenharia da 7ª CRE, na época de outra gestão, e trataram como se fosse um caso urgente, uma das prioridades da coordenadoria, mas infelizmente não tivemos nenhum respaldo de sucesso”, lamenta.

Com isso, algumas medidas foram tomadas pela direção para evitar acidentes. Uma delas foi a colocação de pranchas de compensado, utilizadas na construção civil, para substituir o assoalho que caiu em três salas de aula. “São três salas que funcionam manhã, tarde e noite. Além disso, na biblioteca e em várias salas, como a secretaria e sala dos professores, temos problemas com a chuva. Tivemos que arredar computadores na secretaria, por causa da chuva da semana passada. No inverno, a situação se agrava ainda mais”, salienta.

Para não precisar interditar a sala dos professores e a da direção, foi colocada uma lona no telhado da escola, mas isso não resolve o problema, pois a forração está cedendo em virtude do apodrecimento das madeiras que dão sustentação ao telhado. “Nas salas, conseguimos conter um pouco as goteiras, porque compramos aquela manta asfáltica. Foi uma maneira de tapear um pouco, só que infelizmente temos que problemas que vêm de vários anos”, ressalta Góes.

E para conseguir fazer estes pequenos reparos, como a colocação das pranchas nos assoalho e a manta asfáltica, a escola precisou realizar algumas promoções, como venda de cachorro quente para arrecadar recursos. “Quando assumimos, pedimos como prioridade o telhado, a rede elétrica, e o assoalho. A parte elétrica foi consertada porque no ano assado tivemos uma pane, dois meses ficamos praticamente sem luz, tivemos inclusive que ir para outras escolas à noite, tivemos que levar turmas, professores para outras escolas em salas emprestadas e ficamos sem secretaria em grande parte do tempo, foi tudo improvisado até que a obra saiu”, explica o diretor.

Risco de acidentes

Apesar da colocação das pranchas de compensado, o chão ainda é flexível e pode ceder novamente. “A nossa grande preocupação é que não aconteça um acidente para que as coisas sejam resolvidas, não queremos que alguém tenha que se machucar para consertarem a escola, cair uma tábua, quebrar o assoalho, ou dar um vendável e descobrir a escola. Essa é nossa preocupação”, salienta. As aulas somente não foram suspensas porque foram tomadas estas providências para remediar a situação. “Em dia de chuva, não da pra ficar no saguão. Na sala dos professores, se tirarmos a lona, na direção, coordenação, não tem como trabalhar. Então estamos trabalhando em caráter de bravura, porque não tem outras condições. Se nós pararmos quem vai ser prejudicada é a comunidade”, avalia Góes.

As verbas
Para realizar a reforma, é necessário que seja feito um projeto pela Coordenadoria Regional de Educação. O dinheiro que vai diretamente para a escola é chamado de verba de manutenção. Além de ser escasso, tem destino certo, como a compra de gás para a cozinha e reparos básicos. “Não temos como comprar material para uma manutenção no telhado, a verba que vem é, por exemplo, para trocar um vidro, comprar gás, merenda, não para estrutura. Estrutura o Estado não manda uma verba específica, só com projeto e este que é o problema”, comenta.

O que diz a 7ª CRE
A situação da escola Eulina Braga já está sendo avaliada pela 7ª CRE. Segundo a coordenadora regional, Marlene Silvestrin, os problemas não são de hoje e precisam ser resolvidos de maneira urgente. “A Coordenadoria Regional de Obras já fez o levantamento dos problemas e, certamente, as reformas na escola Eulina Braga estão sendo tratadas como prioridade na 7ª Coordenadoria Regional de Educação”, salienta. De acordo com ela, ainda hoje deve haver novidades sobre a previsão de início das obras.

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