A geada de forte intensidade que cobriu praticamente todo o Estado na terça-feira (28) contribuiu para a chuva registrada ontem. A evaporação da geada, associada a uma área de instabilidade, deixa o tempo chuvoso até a sexta-feira. No final de semana a entrada de uma nova massa de ar frio fará as temperaturas despencarem, com possibilidade de novos registros de temperaturas negativas nos primeiros dias de julho.
O observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegndonei Sampaio, explica que em praticamente todo o Estado, com exceção do Litoral, houve formação de geada de forte intensidade. Ao evaporar ela se transformou em nuvens e consequentemente em chuva. Na quarta-feira o volume precipitado foi de 3,4 mm. No balanço do mês, o registrado é de 224mm (73% acima da média que é de 129,4mm). “Essas chuvas que virão entre quinta e sexta não terão a quantidade significativa como foi na semana que passou”, explica Sampaio.
Temperaturas
Na quarta-feira a temperatura mínima registrada foi de 6°C. Já na quinta-feira a mínima sobe para 8°C e a máxima não passa 16°C. O dia será instável com chuvas no decorrer do período. Na sexta-feira o tempo permanece favorável a ocorrência de chuva devido a uma nova frente fria que está entrando no Estado associada a uma área de instabilidade. As temperaturas já começam a entrar em declínio.
A massa de ar frio que chega no Estado no final de semana deixará o sábado com céu claro a parcialmente nublado e sem chuva. A temperatura mínima vai baixar novamente para 6°C e a máxima não passa de 12°C. No domingo, devido a forte massa de ar de origem polar, as temperaturas terão uma queda brusca, prometendo um final de semana frio. “No domingo a máxima não deve passar dos 10° e o dia será de frio intenso devido a presença de uma brisa moderada que deixará a sensação térmica menor. Na segunda-feira a massa de ar deve ganhar força”, aponta com base nos indicativos disponíveis no momento.
No Brasil
As fortes massas de ar polar que estão chegando ao Rio Grande do Sul poderão passar por São Paulo e chegar ao Mato Grosso do Sul. Lá o perigo maior é para as criações de gado nelore. A raça é altamente suscetível a temperaturas abaixo de 10°C. No ano passado, milhares de cabeças morreram de hipotermia.