Vacinação da gripe atinge metas

Grupo das gestantes, que teve a menor procura, agora atingiu os 80% da vacinação

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Redação/ON

Desde o mês de abril estão sendo disponibilizadas as doses da vacina contra a gripe, que imuniza contra a influenza sazonal e a gripe A. Este ano, o grupo de risco foi ampliado. Além dos idosos, que já participam da campanha há vários anos, foram vacinadas as gestantes, crianças de seis meses a dois anos, os trabalhadores da área da saúde e os indígenas.
A menor procura, ao longo da campanha, foi do grupo das gestantes, o que dificultou que a Secretaria Municipal de Saúde atingisse a meta. Porém, segundo a enfermeira Mara Dill, da Vigilância Epidemiológica do município, esta semana a campanha atingiu os 80% de pessoas vacinadas no grupo, conforme determina o Ministério da Saúde. A campanha segue, porém, com a aplicação da segunda dose para as crianças de seis meses a dois anos.

Além da vacinação, é importante que toda a população mantenha os hábitos de higiene, como lavar as mãos com frequência, por exemplo. Para evitar nova epidemia da doença é preciso que diversas medidas sejam tomadas, como ventilar os ambientes, especialmente no trabalho, e evitar o contato com a boca e o nariz de pessoas com sintomas gripais.

Para saber melhor como agir, confira a seguir o artigo escrito pelo médico Júlio Stobbe, vice-diretor médico do Hospital São Vicente de Paulo.


Medidas preventivas contra as gripes

As medidas de saneamento básico, a descoberta dos antibióticos e as vacinas modificaram o perfil de mortalidade em nosso país. Na década de 30 as causas mais comuns de óbito eram as doenças de cunho infeccioso e as doenças crônicas num pólo oposto. Na atualidade ocorre uma completa inversão no modelo de mortalidade: despontam as doenças do grupo crônico-degenerativas, dentre as quais, as cardiovasculares despontam como maior fator de causa mortis.

Esses cuidados básicos de higiene e profilaxia com vacinas persiste intacto ao longo das décadas. O surgimento da pandemia da Influenza A H1N1 foi o exemplo de que as doenças infecciosas continuam existindo e que os cuidados básicos devem ser incorporados como rotina, ou seja, o hábito de lavar as mãos com frequência (cuidado básico de higiene), utilização do álcool gel (um substituto moderno da lavagem frequente das mãos que em caso de não sujidade pode ser equivalente à lavagem), os cuidados de etiqueta da tosse e espirro que rememoram os ensinamentos caseiros de educação das mamães (proteger com lenço descartável de preferência a via aérea ao tossir ou espirar) e a utilização das sempre úteis vacinas.

A vacina que imuniza contra a gripe Sazonal (surgida primeiramente) sofreu preconceitos e desconfianças. No entanto, salvou a vida de milhares de idosos no mundo todo. Quando da ocorrência da pandemia da Influenza A H1N1, que não dispúnhamos de muitos recursos de tratamento e prevenção, a notícia de que a vacina estava sendo elaborada foi acolhida com entusiasmo. Passaram-se apenas dois anos e o fantasma que parecia sumido voltou a espectrar de certa forma as páginas da imprensa. E, a utilização da aliada vacina, de novo com receios e preconceitos. A realidade é de que ela protege e pode salvar massas de vidas. A prevenção ainda é o melhor remédio. Por isso, a vacina é importante, porque previne a doença e evita que as pessoas adquiram os quadros mais graves da gripe. Ela também reduz a transmissão de uma pessoa para a outra em função da melhora da imunidade.

As medidas preventivas além de contribuírem para evitar a gripe A e demais viroses sazonais também previnem a transmissão de outras doenças infecciosas (bacterianas e parasitárias).

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