Redação ON
Mesmo ampliando o número de vagas nas escolas de educação infantil, o excedente permanece grande. A constatação é do Conselho Municipal de Educação a partir do relatório feito no primeiro semestre deste ano. O total geral de alunos atendidos entre a rede pública municipal, escolas assistenciais e particulares é de 6.780. No entanto, 1.894 crianças estão fora da escola por falta de vagas, especialmente nas redes municipal e assistencial. Segundo a presidente do Conselho Carla Corrales Garcez o órgão sabe que é difícil atender 100% da demanda, pois mesmo com o anuncio de instalação de novas escolas por parte do município, também cresceu a necessidade por vagas. O município, por exemplo, ampliou o número de atendimentos, do ano passado para este, para 2.829 crianças nas 26 unidades e, mesmo assim, o número de excedentes manteve-se alto, 1.436. Nas 18 escolas de assistência social 1.608 crianças estão sendo atendidas neste semestre e 458 não obtiveram vagas. A rede particular tem 37 escolas de educação infantil autorizadas e três não autorizadas, atendendo a 1.463 alunos. Já as particulares de ensino fundamental e educação infantil são oito educandários que atendem a 880 crianças.
Ao fazer o comparativo da demanda atendida com os dados do censo, o Conselho de Educação constatou que dentro da obrigatoriedade do município que é oferecer o serviço para crianças de 4 e 5 anos faltam criar 1.392 vagas para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação. A projeção feita pelo PNE é que o município tenha que atender 50% da demanda de crianças de 0 a 3 anos em creches, até 2020 e 80% da demanda de crianças de 4 a 5 anos na pré-escola até 2016.
Censo
De acordo com os dados do Censo, o município atinge, hoje, 72,18% da meta de atendimento das crianças entre 4 e 5 anos. A maior necessidade está no atendimento da faixa etária de 0 a 2 anos. Apenas 25% desta demanda é atendida atualmente. Já 59,35% das crianças de 3 anos estão na escola.
Infraestrutura
A atuação permanente do Conselho Municipal de Educação no acompanhamento do funcionamento das escolas de educação infantil resultou na melhoria da infraestrutura oferecida tanto de escolas particulares como públicas e assistenciais. O trabalho recebe suporte da Secretaria de Saúde. Além disso, o Conselho dá apoio pedagógico e auxiliar nas sugestões para que as mudanças sejam feitas e a estrutura adequada ao serviço oferecido. A formação de professores é outra preocupação. Na rede municipal isso ocorre permanentemente e da privada a realidade tem mudado. “O Conselho é rigoroso em relação aos profissionais e ao atendimento de qualidade”, acrescentou. Para acabar com o número excedente de crianças, o Conselho entende que o município precisaria criar mais dez escolas de educação infantil, processo demorado e inviável a curto prazo. No entanto, Carla mantém sugestão apresentada ainda no ano passado e que o Jornal O Nacional noticiou, para que o município aumente e qualifique os convênios com as escolas assistenciais e os convênios com escolas mantidas por empresas privadas. A ampliação das parcerias é uma solução de curto prazo. O relatório foi entregue esta semana à secretária de Educação Vera Vieira.
Atendimento na Educação Infantil
Idade Alunos atendidos Censo 2010 Percentual atendido
0 a 2 anos 1.793 7.172 25%
3 anos 1.374 2.315 59,35%
4 a 5 anos 3.613 5.005 72,18%
Total geral
Escolas: 92
Alunos Atendidos: 6.780
Alunos Excedentes: 1.894