Campo parado

Chuva ininterrupta impede produtores de avançar com o plantio do trigo. Até o momento apenas 65% da área foi plantada. Período encerra dia 10

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Campo parado
Chuva ininterrupta impede produtores de avançar com o plantio do trigo. Até o momento apenas 65% da área foi plantada. Período encerra dia 10
A chuva ininterrupta que caiu na região nas últimas semanas tem causado atrasos na implantação das lavouras de trigo na região. Até o momento, apenas 65% dos cerca de 188 mil hectares (ha) que deverão ser cobertos com a cultura. Mesmo com a parada da chuva no domingo, o campo só deve apresentar condições para a entrada com máquinas a partir da tarde desta terça-feira. Mesmo assim, em áreas mais baixas a retomada dos trabalhos deverá demorar um pouco mais.
Os triticultores da região programaram um atraso estratégico no plantio da cultura para evitar problemas com as geadas de meados de setembro. No entanto, eles não contavam com os dias seguidos de chuva que atrasaram demais o início do cultivo. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo, Cláudio Dóro, o período recomendado para o plantio do trigo encerra no dia 10 de julho. “Não estavam previstos esses 11 dias de chuvas ininterruptos que ocorreram. Isso trouxe um atraso bastante significativo na área de cultivo. Tanto é que até o momento temos em torno de 122 mil hectares plantados e faltam ainda 66 mil a serem implantados. Semeamos até o momento 65% da área”, observa. Em anos anteriores o plantio já estava praticamente completado nesta mesma época. 
Atraso nas culturas de verão
O excesso de umidade no solo impediu que os agricultores colocassem as máquinas no campo. Mesmo agora com a parada da chuva desde domingo, apenas na tarde de hoje haverá condições para entrar na lavoura, e mesmo assim apenas nas partes mais altas das propriedades. O atraso se concentra principalmente nas médias e grandes propriedades. “É uma preocupação porque plantando no final da época recomendada o produtor vai tirar esse trigo mais tarde também. Isso pode causar transtorno no plantio da soja, porque o melhor período para plantar o grão é em novembro. São as culturas de verão que dão sustentação econômica nas propriedades, principalmente a soja”, alerta.
Áreas plantadas
As áreas que foram semeadas antes a chuva não apresentam problemas. “Temos um bom estande inicial e bom padrão nas lavouras que já foram plantadas”, acrescenta Dóro. No entanto, o excesso de chuva acarretou uma grande perda de nutrientes do solo e surge a necessidade de antecipar a complementação do fertilizante em cobertura, especialmente o nitrogênio.
Cevada e canola
A cevada está na reta final do plantio, com quase 90% da área já plantada. A finalização deve acontecer nos próximos dias. Por ser plantada mais cedo que o trigo, os produtores aproveitaram os dias de sol de junho e colocaram as sementes na terra.
Já a canola está toda plantada e ocupa aproximadamente 18 mil hectares. Com a oleaginosa o problema é outro. Já está na hora de os produtores fazerem a aplicação de nitrogênio em cobertura, mas ainda não puderam realizar o serviço pela falta de condições de clima e de solo. “Há a necessidade de o pessoal aplicar rapidamente esse nitrogênio”, finaliza Dóro. Em condições climáticas normais, todos os trabalhos estariam em dia.

A chuva ininterrupta que caiu na região nas últimas semanas tem causado atrasos na implantação das lavouras de trigo na região. Até o momento, apenas 65% dos cerca de 188 mil hectares (ha) que deverão ser cobertos com a cultura. Mesmo com a parada da chuva no domingo, o campo só deve apresentar condições para a entrada com máquinas a partir da tarde desta terça-feira. Mesmo assim, em áreas mais baixas a retomada dos trabalhos deverá demorar um pouco mais.Os triticultores da região programaram um atraso estratégico no plantio da cultura para evitar problemas com as geadas de meados de setembro. No entanto, eles não contavam com os dias seguidos de chuva que atrasaram demais o início do cultivo. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo, Cláudio Dóro, o período recomendado para o plantio do trigo encerra no dia 10 de julho. “Não estavam previstos esses 11 dias de chuvas ininterruptos que ocorreram. Isso trouxe um atraso bastante significativo na área de cultivo. Tanto é que até o momento temos em torno de 122 mil hectares plantados e faltam ainda 66 mil a serem implantados. Semeamos até o momento 65% da área”, observa. Em anos anteriores o plantio já estava praticamente completado nesta mesma época. 
Atraso nas culturas de verãoO excesso de umidade no solo impediu que os agricultores colocassem as máquinas no campo. Mesmo agora com a parada da chuva desde domingo, apenas na tarde de hoje haverá condições para entrar na lavoura, e mesmo assim apenas nas partes mais altas das propriedades. O atraso se concentra principalmente nas médias e grandes propriedades. “É uma preocupação porque plantando no final da época recomendada o produtor vai tirar esse trigo mais tarde também. Isso pode causar transtorno no plantio da soja, porque o melhor período para plantar o grão é em novembro. São as culturas de verão que dão sustentação econômica nas propriedades, principalmente a soja”, alerta.
Áreas plantadasAs áreas que foram semeadas antes a chuva não apresentam problemas. “Temos um bom estande inicial e bom padrão nas lavouras que já foram plantadas”, acrescenta Dóro. No entanto, o excesso de chuva acarretou uma grande perda de nutrientes do solo e surge a necessidade de antecipar a complementação do fertilizante em cobertura, especialmente o nitrogênio.
Cevada e canolaA cevada está na reta final do plantio, com quase 90% da área já plantada. A finalização deve acontecer nos próximos dias. Por ser plantada mais cedo que o trigo, os produtores aproveitaram os dias de sol de junho e colocaram as sementes na terra.Já a canola está toda plantada e ocupa aproximadamente 18 mil hectares. Com a oleaginosa o problema é outro. Já está na hora de os produtores fazerem a aplicação de nitrogênio em cobertura, mas ainda não puderam realizar o serviço pela falta de condições de clima e de solo. “Há a necessidade de o pessoal aplicar rapidamente esse nitrogênio”, finaliza Dóro. Em condições climáticas normais, todos os trabalhos estariam em dia.

 

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