Passo Fundo será matriz da nova empresa
Petrobras e BsBios anunciam gestão compartilhada e nova unidade de biolubrificantes
Zulmara Colussi/ON
A parceria entre a Petrobras Biocombustíveis e a BsBios vai transformar Passo Fundo na matriz e no centro de inteligência estratégica do grupo. A gestão da unidade de Marialva, PR, por exemplo, será transferida para o município. A partir deste centro, a nova empresa, constituída através da compra de 50% dos ativos da BsBios pela Petrobras, pretende trabalhar a expansão de investimentos no Rio Grande do Sul e em outros estados. O anúncio foi feito ontem à tarde pelo presidente da PBio, Miguel Rossetto, que também passa a presidir o Conselho Administrativo da BsBios dentro do novo processo de gestão. O empresário Antonio Rosso será o vice-presidente do Conselho e Erasmo Battistella mantém-se diretor superintendente. A parceria da BsBios com Petrobras terá gestão compartilhada e Conselho de Administração paritário com três representantes de cada uma das corporações.
O foco da empresa será toda a cadeia de biocombustíveis, sendo num primeiro momento o biodiesel e a médio prazo o etanol. A empresa também anunciou a criação de uma nova unidade em Passo Fundo que vai fabricar biolubrificantes a base de canola e linhaça. É a primeira unidade no país a produzir esta linha biodegradável e vai atender a uma demanda industrial. A unidade já tem licenciamento prévio e aguarda o licenciamento de instalação para iniciar a obra física. A unidade inovadora, segundo Battistella, vai produzir 60 mil toneladas de formulados e bases. Inicialmente vão produzir fluidos de corte e lubrificantes industriais.
Miguel Rossetto disse que a parceria entre as duas empresas foi viabilizada pela confiança mútua e pela experiência positiva em Marialva, PR. “A qualidade operacional, corporativa e os valores de sustentabilidade do grupo BsBios fortalecem a nossa relação”, acrescentou. Rossetto frisou que o negócio também faz parte da estratégia de nacionalização da produção de biocombustíveis. “Nosso compromisso é ampliar a produção para abastecer a região Sul e o mercado nacional. O Brasil fez uma aposta definitiva na expansão de energias renováveis e hoje é referência mundial nesta área e vai buscar cada vez mais qualificar a sua matriz energética. Nossa missão é abastecer o mercado nacional e responder a crescente demanda. O biocombustível tem um crescimento anual de 6% a 8%, acima do crescimento do PIB”, explicou.
Estratégia
Miguel Rossetto disse ainda que a nova empresa tem visão do grande crescimento de mercado e que a união das duas corporações é estratégica porque parte da visão de futuro. Segundo ele, todos os países do mundo estão expandindo os mandatos de energias renováveis. “Evidentemente que haverá um aumento da demanda. Nós nos preparamos para este cenário. É neste mercado novo e crescente que devemos nos posicionar e vamos nos posicionar com força”, acentuou. Para ele, este é um momento histórico e que a missão será construir uma empresa produtora de biocombustível referência para o Brasil e o mundo.
Projeto Etanol
A produção de etanol está entre os projetos da empresa. Conforme Battistella, a BsBios já foi convidada a analisar as pesquisas existentes no Estado, mas este é um processo que tem que superar algumas barreiras e uma delas é a produção de matéria prima. Hoje, o RS importa 98% do etanol necessário. A intenção é reduzir esta dependência a médio e longo prazo. A Petrobras detém tecnologia de pesquisa o que vai se somar a capacidade produtiva da BsBios.
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Agricultura familiar
A BsBios dará continuidade aos programas de fomento de produção de matéria prima pela agricultura familiar. O trabalho que desenvolve há seis anos lhe garantiu o selo social. De acordo com Battistella, em 2010 a empresa comprou mais de R$ 89 milhões em matéria prima (canola ou soja) da agricultura familiar e projeta ampliar este volume para R$ 137 milhões neste ano. No Brasil, 109 mil agricultores familiares estão na cadeia do biodiesel.
Zulmara Colussi/ON
A parceria entre a Petrobras Biocombustíveis e a BsBios vai transformar Passo Fundo na matriz e no centro de inteligência estratégica do grupo. A gestão da unidade de Marialva, PR, por exemplo, será transferida para o município. A partir deste centro, a nova empresa, constituída através da compra de 50% dos ativos da BsBios pela Petrobras, pretende trabalhar a expansão de investimentos no Rio Grande do Sul e em outros estados. O anúncio foi feito ontem à tarde pelo presidente da PBio, Miguel Rossetto, que também passa a presidir o Conselho Administrativo da BsBios dentro do novo processo de gestão. O empresário Antonio Rosso será o vice-presidente do Conselho e Erasmo Battistella mantém-se diretor superintendente. A parceria da BsBios com Petrobras terá gestão compartilhada e Conselho de Administração paritário com três representantes de cada uma das corporações.
O foco da empresa será toda a cadeia de biocombustíveis, sendo num primeiro momento o biodiesel e a médio prazo o etanol. A empresa também anunciou a criação de uma nova unidade em Passo Fundo que vai fabricar biolubrificantes a base de canola e linhaça. É a primeira unidade no país a produzir esta linha biodegradável e vai atender a uma demanda industrial. A unidade já tem licenciamento prévio e aguarda o licenciamento de instalação para iniciar a obra física. A unidade inovadora, segundo Battistella, vai produzir 60 mil toneladas de formulados e bases. Inicialmente vão produzir fluidos de corte e lubrificantes industriais.
Miguel Rossetto disse que a parceria entre as duas empresas foi viabilizada pela confiança mútua e pela experiência positiva em Marialva, PR. “A qualidade operacional, corporativa e os valores de sustentabilidade do grupo BsBios fortalecem a nossa relação”, acrescentou. Rossetto frisou que o negócio também faz parte da estratégia de nacionalização da produção de biocombustíveis. “Nosso compromisso é ampliar a produção para abastecer a região Sul e o mercado nacional. O Brasil fez uma aposta definitiva na expansão de energias renováveis e hoje é referência mundial nesta área e vai buscar cada vez mais qualificar a sua matriz energética. Nossa missão é abastecer o mercado nacional e responder a crescente demanda. O biocombustível tem um crescimento anual de 6% a 8%, acima do crescimento do PIB”, explicou.
Estratégia
Miguel Rossetto disse ainda que a nova empresa tem visão do grande crescimento de mercado e que a união das duas corporações é estratégica porque parte da visão de futuro. Segundo ele, todos os países do mundo estão expandindo os mandatos de energias renováveis. “Evidentemente que haverá um aumento da demanda. Nós nos preparamos para este cenário. É neste mercado novo e crescente que devemos nos posicionar e vamos nos posicionar com força”, acentuou. Para ele, este é um momento histórico e que a missão será construir uma empresa produtora de biocombustível referência para o Brasil e o mundo. Projeto EtanolA produção de etanol está entre os projetos da empresa. Conforme Battistella, a BsBios já foi convidada a analisar as pesquisas existentes no Estado, mas este é um processo que tem que superar algumas barreiras e uma delas é a produção de matéria prima. Hoje, o RS importa 98% do etanol necessário. A intenção é reduzir esta dependência a médio e longo prazo. A Petrobras detém tecnologia de pesquisa o que vai se somar a capacidade produtiva da BsBios.
Agricultura familiar
A BsBios dará continuidade aos programas de fomento de produção de matéria prima pela agricultura familiar. O trabalho que desenvolve há seis anos lhe garantiu o selo social. De acordo com Battistella, em 2010 a empresa comprou mais de R$ 89 milhões em matéria prima (canola ou soja) da agricultura familiar e projeta ampliar este volume para R$ 137 milhões neste ano. No Brasil, 109 mil agricultores familiares estão na cadeia do biodiesel.