Redação/ON
O frio chegou de vez e com ele os problemas respiratórios que levam muitas pessoas necessitar de atendimento médico. Por isso é comum neste época do ano que aumente a procura pelas unidades de saúde, especialmente os setores de emergência, uma vez que os sintomas costumam se agravar durante a noite. No período de 1º de junho até a tarde de segunda-feira (4 de julho), somente no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) 779 pessoas haviam sido atendidas com problemas respiratórios. O número é quase 10% superior ao mesmo período do ano passado, quando foram atendidos 710 pacientes com estes sintomas.
De acordo com o vice-diretor médico do HSVP, Julio Stobbe, o setor de emergência da instituição está lotado. “Geralmente, quando começam os frios, alguns dias depois é que se dá o grande pico de atendimentos. Então, como já estamos há vários dias convivendo com o frio, realmente o número de atendimentos está bastante elevado”, salienta.
Porém, existem algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir, ou até mesmo evitar, os agravos das doenças de inverno. A principal delas é andar sempre agasalhado. “Uma das questões mais importantes é com relação aos pacientes portadores de doenças crônicas, que devem manter o tratamento. Quem tem problema cardíaco, por exemplo, ou doença crônica respiratória, não deve interromper o tratamento”, explica.
Para o restante da população, as recomendações são as mesmas para todos os casos de doenças transmissíveis: “lavar as mãos, cuidados com a higiene, como a etiqueta para tossir ou espirrar, levando sempre um lenço descartável à boca e ao nariz nestes momentos”, completa. Manter as crianças e os idosos, em especial, bem agasalhados e, se possível, longe do frio, também é importante, uma vez que os dois extremos são mais suscetíveis às doenças de inverno.
Não se esquecer de tomar muita água é outra dica importante. “As pessoas às vezes pensam que por se tratar do inverno não precisa tomar água. Mas isso não é verdade. Precisamos de água sim, de uma boa hidratação durante o inverno”, destaca.
Óbitos
Depois da pandemia de gripe A, ocorrida no ano de 2009, a grande preocupação tem sido com a contaminação por esta cepa de vírus, que se mostrou mais letal que a gripe sazonal. Porém, não se pode descuidar das medidas preventivas, pois somente este ano já foram registrados quatro óbitos no Rio Grande do Sul em decorrência da gripe comum e outras sete pela gripe A.
Atendimentos
Em 2011
De 1º de junho a 4 de julho
De 0 a 5 anos: 551
De 6 a 11 anos: 68
De 12 a 18 anos: 25
De 19 a 28 anos: 22
De 29 a 44 anos: 21
De 45 a 64 anos: 57
De 65 a 89 anos: 43
Mais de 90 anos: 1
Total: 779
Em 2010
De 1º de junho a 4 de julho
De 0 a 5 anos: 447
De 6 a 11 anos: 82
De 12 a 18 anos: 29
De 19 a 28 anos: 33
De 29 a 44 anos: 48
De 45 a 64 anos: 46
De 65 a 89 anos: 31
Mais de 90 anos: 0
Total: 710