Defesa Civil retira família de casa em área alagada

Família foi encaminhada para albergue municipal, mas já voltaram para o lar

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Defesa Civil retira família de casa em área alagada
Família foi encaminhada para albergue municipal, mas já voltaram para o lar
Daniella Faria/ON
A chuva dessa semana fez com que as águas do rio Passo Fundo subissem e algumas casas próximas fossem atingidas. O caso mais crítico foi da família de Luciana Rosa Fontela, de 35 anos. Ela, o marido e os filhos tiveram que ser retirados do local porque a casa foi atingida pelo leito do rio.
Luciana tem 35 anos e quatro filhos. O mais velho tem 16 anos e a mais nova quatro. A moradora da rua Lobo da Costa, da Vila Entre Rios, se desesperou com a quantidade de chuva na tarde desse domingo e pediu socorro para os bombeiros. A sua casa, de um só cômodo e de menos de dez metros quadrados foi invadida pela água do Rio Passo Fundo. Os poucos objetos e roupas que tinham foram levados para a casa da mãe, que mora na frente da casa da filha. “Com essa chuva não tive alternativa. Tive que tirar o beliche das crianças. Porque eu e meu marido dormimos no chão”, diz.
Luciana diz que para conseguir criar os filhos trabalha junto com o marido como catadora no lixão. Às vezes consegue diária como faxineira. “No frio complica mais. Porque as crianças não têm roupa suficiente e quando chove molha tudo. Algumas pessoas doam agasalhos e quando falta vou até a Semcas buscar”, diz. Outra preocupação é com a mãe. A casa onde vive, feita de madeira, já é antiga e está com a parte inferior apodrecida.  “Tenho sofrido muito nessa vida”, diz.
A catadora diz que essa não é a primeira vez que isso acontece. Há alguns anos, morava próximo do local e também teve que sair. Naquela oportunidade foi encaminhada para o ginásio do bairro. Questionada porque não permaneceu no albergue, Luciana diz que voltou por causa da escola dos filhos. “Eles estudam no Ciep da São Luiz. Não gosto que percam aula”, conclui.
Defesa Civil
O chefe da Defesa Civil e também secretário de Segurança e da Cidadania e Assistência Social, Márcio Patussi, diz que recebeu o chamado para a ajuda dessa família pelos Bombeiros na tarde de domingo. Chegando ao local foi constatada que a situação era complicada e o melhor recurso era retirar a família e levá-la até o albergue municipal até o leito do rio voltar ao normal. “Vamos entrar em contato também com Secretaria de Habitação e Meio Ambiente para auxiliar essa família”, disse. 
Patussi revelou que em Passo Fundo quando há uma quantidade significativa de chuva o maior problema não são os alagamentos e, sim, os vendavais. Com o forte vento muitas casas ficam destelhadas, principalmente nos bairros São Luiz Gonzaga e São José. “Outro fator é que as pessoas recorrem primeiro aos bombeiros e, se necessário, eles nos acionam. Nesse final de semana, por exemplo, só tivemos esse chamado”, explica.

Daniella Faria/ON

A chuva dessa semana fez com que as águas do rio Passo Fundo subissem e algumas casas próximas fossem atingidas. O caso mais crítico foi da família de Luciana Rosa Fontela, de 35 anos. Ela, o marido e os filhos tiveram que ser retirados do local porque a casa foi atingida pelo leito do rio.Luciana tem 35 anos e quatro filhos. O mais velho tem 16 anos e a mais nova quatro. A moradora da rua Lobo da Costa, da Vila Entre Rios, se desesperou com a quantidade de chuva na tarde desse domingo e pediu socorro para os bombeiros. A sua casa, de um só cômodo e de menos de dez metros quadrados foi invadida pela água do Rio Passo Fundo. Os poucos objetos e roupas que tinham foram levados para a casa da mãe, que mora na frente da casa da filha. “Com essa chuva não tive alternativa. Tive que tirar o beliche das crianças. Porque eu e meu marido dormimos no chão”, diz.Luciana diz que para conseguir criar os filhos trabalha junto com o marido como catadora no lixão. Às vezes consegue diária como faxineira. “No frio complica mais. Porque as crianças não têm roupa suficiente e quando chove molha tudo. Algumas pessoas doam agasalhos e quando falta vou até a Semcas buscar”, diz. Outra preocupação é com a mãe. A casa onde vive, feita de madeira, já é antiga e está com a parte inferior apodrecida.  “Tenho sofrido muito nessa vida”, diz.A catadora diz que essa não é a primeira vez que isso acontece. Há alguns anos, morava próximo do local e também teve que sair. Naquela oportunidade foi encaminhada para o ginásio do bairro. Questionada porque não permaneceu no albergue, Luciana diz que voltou por causa da escola dos filhos. “Eles estudam no Ciep da São Luiz. Não gosto que percam aula”, conclui.
Defesa CivilO chefe da Defesa Civil e também secretário de Segurança e da Cidadania e Assistência Social, Márcio Patussi, diz que recebeu o chamado para a ajuda dessa família pelos Bombeiros na tarde de domingo. Chegando ao local foi constatada que a situação era complicada e o melhor recurso era retirar a família e levá-la até o albergue municipal até o leito do rio voltar ao normal. “Vamos entrar em contato também com Secretaria de Habitação e Meio Ambiente para auxiliar essa família”, disse. Patussi revelou que em Passo Fundo quando há uma quantidade significativa de chuva o maior problema não são os alagamentos e, sim, os vendavais. Com o forte vento muitas casas ficam destelhadas, principalmente nos bairros São Luiz Gonzaga e São José. “Outro fator é que as pessoas recorrem primeiro aos bombeiros e, se necessário, eles nos acionam. Nesse final de semana, por exemplo, só tivemos esse chamado”, explica.

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