Mobilização virtual

Manifestação sobre a vinda de grandes redes de supermercados é recorde em comunidade do Facebook e teve mais de cinco mil acessos em cinco dias no site de ON

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Mobilização virtual 
Manifestação sobre a vinda de grandes redes de supermercados é recorde em comunidade do Facebook e teve mais de cinco mil acessos em cinco dias no site de ON
Gerson Lopes/ON 
A discussão entre Executivo e Legislativo em torno da lei que proíbe a entrada de grandes redes de supermercados em Passo Fundo, se espalhou como um rastilho de pólvora pelas redes sociais na internet e poderá pesar na votação dos vereadores, que deve acontecer até 12 de agosto. 
Há apenas três dias no ar, a comunidade criada no Facebook “Queremos Hipermercados em Passo Fundo”, contabilizava até ontem à tarde, a participação de 2.370 pessoas em três modalidades diferentes. Desse total, 99% favoráveis ao veto do prefeito Airton Dipp e pela instalação de novas redes.  
Responsável pela criação da comunidade, o especialista em marketing digital, Alexandre de Mattos, diz ser a maior campanha já registrada nas redes virtuais do município. Os números demonstram o interesse dos passo-fundenses pelo assunto. Disponibilizada no Facebook através da ferramenta causes, a comunidade já contabiliza a adesão de 366. São os chamados evangelizadores, responsáveis pela propagação e recrutamento de novos adeptos.  Outros 1.100 internautas acessaram a opção curtir (link), concordando com o veto, e mais de 900 compartilharam a ideia e repassaram. A partir desses dados, o especialista acredita que com os desdobramentos nos perfis individuais, a campanha já atingiu aproximadamente 45 mil pessoas. “Realmente é um número impressionante até mesmo para grandes centros. Para chegar a um resultado como esse, uma empresa precisa investir aproximadamente R$ 25 mil, e aguardar pelo menos seis meses” explica. 
Ele garante que a opinião do internauta está sendo monitorada de perto por alguns vereadores e poderá ser determinante na hora de decidir o voto.  Os números, segundo ele, também estão servindo de termômetro para a tomada de posição de algumas lideranças comunitárias. “Em apenas três dias tivemos essa participação, imagina até o dia da votação. Não dá para desprezar a opinião de uma fatia tão grande da sociedade” avalia. 
    
Acessos em ON
Além do Facebook, o assunto repercute em ferramentas como o Orkut, blogs, twitter e sites. Somente no site do jornal O Nacional, (www.onacional.com.br) a sequência de matérias publicadas entre os dias 12 e 16 de julho, registrou 5.393 acessos.
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Espaço democrático
Na visão do professor de economia política e de políticas públicas da Imed, e doutorando em sociologia, Jandir Pauli, o caráter democrático da internet tem sido uma alternativa importante para a difusão de ideias e vem atraindo, cada vez mais, a participação dos jovens na política e nas causas sociais. O professor destaca o papel que as redes sociais tiveram para o início das mobilizações ocorridas no Oriente Médio e chama a atenção para necessidade de o poder publico criar canais de sintonia com a rede. “Ao contrário das manifestações com cartazes e grandes concentrações, as pessoas exercem uma pressão através dos meios virtuais. Elas não aparecem, mas o volume é muito grande e deve ser levada em conta pelo poder público” avalia.

Gerson Lopes/ON 

A discussão entre Executivo e Legislativo em torno da lei que proíbe a entrada de grandes redes de supermercados em Passo Fundo, se espalhou como um rastilho de pólvora pelas redes sociais na internet e poderá pesar na votação dos vereadores, que deve acontecer até 12 de agosto. Há apenas três dias no ar, a comunidade criada no Facebook “Queremos Hipermercados em Passo Fundo”, contabilizava até ontem à tarde, a participação de 2.370 pessoas em três modalidades diferentes. Desse total, 99% favoráveis ao veto do prefeito Airton Dipp e pela instalação de novas redes.  Responsável pela criação da comunidade, o especialista em marketing digital, Alexandre de Mattos, diz ser a maior campanha já registrada nas redes virtuais do município. Os números demonstram o interesse dos passo-fundenses pelo assunto. Disponibilizada no Facebook através da ferramenta causes, a comunidade já contabiliza a adesão de 366. São os chamados evangelizadores, responsáveis pela propagação e recrutamento de novos adeptos.  Outros 1.100 internautas acessaram a opção curtir (link), concordando com o veto, e mais de 900 compartilharam a ideia e repassaram. A partir desses dados, o especialista acredita que com os desdobramentos nos perfis individuais, a campanha já atingiu aproximadamente 45 mil pessoas. “Realmente é um número impressionante até mesmo para grandes centros. Para chegar a um resultado como esse, uma empresa precisa investir aproximadamente R$ 25 mil, e aguardar pelo menos seis meses” explica. Ele garante que a opinião do internauta está sendo monitorada de perto por alguns vereadores e poderá ser determinante na hora de decidir o voto.  Os números, segundo ele, também estão servindo de termômetro para a tomada de posição de algumas lideranças comunitárias. “Em apenas três dias tivemos essa participação, imagina até o dia da votação. Não dá para desprezar a opinião de uma fatia tão grande da sociedade” avalia.     

Acessos em ON

Além do Facebook, o assunto repercute em ferramentas como o Orkut, blogs, twitter e sites. Somente no site do jornal O Nacional, (www.onacional.com.br) a sequência de matérias publicadas entre os dias 12 e 16 de julho, registrou 5.393 acessos.

Espaço democrático

Na visão do professor de economia política e de políticas públicas da Imed, e doutorando em sociologia, Jandir Pauli, o caráter democrático da internet tem sido uma alternativa importante para a difusão de ideias e vem atraindo, cada vez mais, a participação dos jovens na política e nas causas sociais. O professor destaca o papel que as redes sociais tiveram para o início das mobilizações ocorridas no Oriente Médio e chama a atenção para necessidade de o poder publico criar canais de sintonia com a rede. “Ao contrário das manifestações com cartazes e grandes concentrações, as pessoas exercem uma pressão através dos meios virtuais. Elas não aparecem, mas o volume é muito grande e deve ser levada em conta pelo poder público” avalia.

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