Limpeza do Rio Passo Fundo depende do clima

Prefeitura vai usar máquinas pesadas para retirar lixo acumulado no local e vai instalar barreira de contenção

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Gerson Lopes/ON

A Secretaria do Meio Ambiente está dependendo das condições climáticas para iniciar a retirada do lixo acumulado no rio Passo Fundo. Com as fortes chuvas registradas nas ultimas semanas, milhares de garrafas pet, pedaços de isopor e outros objetos, formaram um lençol cobrindo aproximadamente 90 metros sobre a água. O lixo está acumulado na altura do quilômetro 294 da BR 285, dentro da área pertencente à Embrapa, distante 100 metros abaixo do primeiro foco. De acordo com o secretário Clóvis Alves, em razão da grande quantidade de lixo, será necessário repetir a mesma operação realizada no início do mês de maio quando foram retiradas oito toneladas de entulho da água.

A prefeitura novamente terá de abrir uma clareira na mata para chegar até a margem. A remoção será feita com o uso de uma draga. “Não tem como retirar o material manualmente. Vamos esperar o solo secar para evitar mais danos. Se o tempo permitir, poderemos iniciar o trabalho ainda essa semana” explica Alves. Os resíduos chegam até o rio através das bocas de lobo, afluentes, nas triagens de material reciclado próximo às margens, além das pessoas que dispensam o lixo doméstico diretamente na água.

Na quinta-feira, integrantes do Batalhão Ambiental participaram de uma reunião com a secretaria do meio ambiente e apresentaram algumas sugestões para amenizar o problema. Uma delas seria desenvolver um trabalho de educação ambiental com a população ribeirinha. O objetivo é alertar para que os moradores dessa região não deixem material armazenado às margens do rio. “As chuvas acabam arrastando os objetos para dentro do rio e provocando o acúmulo” diz o comandante do 1° Pelotão do 3º Batalhão, sargento Eldecir Simor. Segundo ele, a campanha deverá se estender nas escolas e demais setores da sociedade

Barreiras
Outra proposta é instalar pelo menos duas barreiras (tela ou grade) em pontos diferentes do rio para reter e poder avaliar a quantidade e o tipo do material transportado pela água. Uma delas seria nas proximidades do CTG Lalau Miranda, e outra próxima à BR 285.

Logo após a limpeza do primeiro ponto, a prefeitura chegou a instalar, de modo precário, uma barreira de contenção sobre a água, mas que não deu resultado. Uma tela de arame sustentada por taquaras não foi suficiente para conter a passagem dos materiais. A partir de uma avaliação preliminar realizada pelo Batalhão Ambiental, o novo entulho de lixo encontrado no rio pode ser mais superficial do que o anterior, apesar de ter uma extensão maior.  

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