A mediação de conflitos no Brasil ainda está em fase experimental. Enquanto algumas instituições fazem experiências com bons resultados, a consolidação deste sistema ainda precisa de muitos avanços. A ministra do Superior Tribunal de Justiça Nancy Andrighi palestrou sobre o tema durante a Aula Magna de início de semestre da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (FD/UPF) realizada na noite de quarta-feira. Ela é uma defensora desse meio humanizado de resolver problemas de forma que as partes envolvidas possam ganhar mutuamente.
A mediação, ao lado da arbitragem, é uma nova forma de resolução de conflitos. Conforme a ministra embora esteja sendo prevista na reforma do Código de Processo Civil, a mediação é uma forma mais humanizada de resolução de conflitos. “Quando se julga na justiça tradicional não se pensa nas magoas das pessoas, e nem nos preocupamos se elas vão continuar amigas. A mediação se preocupa com isso, ela ensina as pessoas a se respeitarem”, afirmou. O mediador será a pessoa responsável por guiar as partes para que elas encontrem a melhor solução para o problema. “É um caminho novo que temos pela frente especialmente para todos os estudantes. É uma nova porta que se abre, que é a profissão do mediador. Com isso estaremos alcançando o principal que é a humanização da justiça”, pontua. Os mediadores não serão apenas advogados, mas profissionais das mais diversas áreas.