Leonardo Andreoli/ON
A proporção de pais que ficam com a guarda dos filhos após uma separação ainda é pequena em relação ao número de mulheres na mesma situação. Dados do IBGE referentes ao ano de 2009 apontam que de todos os divórcios de casais com filhos registrados no Rio Grande do Sul naquele ano – 2.903 – em apenas 194 casos a guarda dos filhos ficou com o homem. De 2003 a 2009 – período do estudo – a porcentagem dos pais que ficaram com a guarda dos filhos se manteve entre cinco e sete por cento. Já nos casos em que a guarda ficou com a mãe o percentual variou entre 86% e 89%. Apenas em Passo Fundo, conforme o coordenador regional do IBGE Jorge Bilhar, atualmente cerca de 18 mil mulheres estão com a guarda dos filhos. O número de homens na mesma situação ainda não foi estratificado.
Mesmo com o número reduzido, casos em que os pais assumem a guarda dos filhos são registrados. Se Passo Fundo seguir a média estadual, pelo menos 1.000 homens devem morar com os filhos atualmente. Este é o caso do advogado Tiago Bilhar que há quatro anos mora com os filhos Leonardo e Lohanne, de 13 e 17 anos, respectivamente. O casamento e a paternidade chegaram cedo na vida de Bilhar. Aos 19 anos estava casado e aos 21 comemorava a chegada da filha mais velha. Mesmo após o fim do casamento a relação com a mãe de Lohanne sempre foi boa. “Com sete anos ela veio morar comigo, permanecendo até os 10, quando voltou a morar com a mãe. Ficou quatro anos com ela na cidade de Não-Me-Toque e, há quase três anos, retornou a morar comigo. Nesse meio tempo tive outro relacionamento do qual nasceu meu outro filho, Leonardo. Após a separação ele permaneceu morando com a mãe, mas há quatro anos mora comigo”, conta.
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