Redação/ON
O trabalho de recuperação dos taludes da célula e da lagoa de decantação do aterro sanitário, rompidos provavelmente em razão das chuvas, deve iniciar nesta segunda-fera. Durante sessão plenária de quarta-feira, o vereador Aristeu Dalla Lana, (PTB), denunciou que o chorume (líquido formado pela decomposição de material orgânico) estaria vazando e contaminando nascentes existentes nas imediações.
Ontem, técnicos da Secretaria do Meio Ambiente realizaram uma segunda avaliação no local. Segundo o órgão, não houve danos ao meio ambiente. Responsável pelo setor de arborização da secretaria, Paulo Pinheiro, disse que a lagoa de decantação onde ocorreu o rompimento está seca. Em relação à célula, afirmou ter ocorrido apenas o deslocamento da terra, mas o lixo permaneceu acumulado.
“Temos três lagoas de decantação no aterro, mas apenas uma está delas sendo usada no momento. Também não houve vazamento do chorume da célula, o que seria um problema” explica. Mesmo com o parecer da secretaria, o indício de vazamento movimentou o Ministério Público. O órgão vai solicitar uma análise da Fepam no local. Caso seja comprovado o dano, o município será responsabilizado.
Pelo termo de ajuste assinado em outubro do ano passado, entre Fepam, MP e Secretaria do Meio Ambiente, a vida útil da última célula do aterro encerra em dezembro. Após esse período, não será mais permitido o depósito de lixo no local. Correndo contra o tempo, a secretaria deve abrir processo licitatório a partir do próximo mês com a intenção de contratar uma empresa que ofereça nova tecnologia para a destinação final do lixo. “Vamos analisar a melhor tecnologia e o melhor preço. Não podemos exceder o prazo de dezembro” diz Pinheiro.