HSVP atende mais de 80 portadores de hepatite por mês

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Responsável pela regulação da concentração de substâncias químicas no organismo até a produção de substâncias que intervêm na coagulação do sangue durante uma hemorragia, o fígado é um órgão complexo que desempenha muitas funções vitais. “Devido a fatores como infecções por vírus, consumo abusivo do álcool e de certos medicamentos ou de drogas, o fígado pode sofrer uma inflamação, caracterizando uma doença hepática. A Hepatite é uma doença silenciosa e também pode ter causas de doenças hereditárias e auto-imunes”, informou a médica gastroenterologista Lísia Hoppe, coordenadora do Serviço de Gastroenterologia do Ambulatório do SUS do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo.

O Ambulatório é responsável pelo atendimento de pacientes com o diagnóstico de hepatite, encaminhados pelos Centros de Saúde de Passo Fundo, de municípios vizinhos e serviços de hemoterapia. No primeiro semestre do ano, este serviço registrou mais de 500 atendimentos, tendo uma média de 85 atendimentos mensalmente.

No Ambulatório são realizados exames com a intenção de confirmar o diagnóstico, identificar o estágio da doença e também a sua classificação. “Existem várias causas de hepatite, porém as infecções virais são as principais. As hepatites crônicas têm como agentes causais o vírus da hepatite B, C, e D. Além disso, a hepatite alcoólica, a medicamentosa e a hepatite auto-imune, caso não tratada, também estão entre as causas da hepatite crônica”, citou Dra. Lísia.

Quando a causa da hepatite está relacionada às hepatites virais crônicas B e C, o paciente inicia o acompanhamento que consiste na realização de exames laboratoriais seriados para avaliar a necessidade de tratamento. “Se necessário a indicação ao tratamento, os pacientes são acompanhados de forma mensal durante todo o período de tratamento e após o seu término a cada 4 ou 6 meses. Existem protocolos específicos que regulamentam a administração dos medicamentos e garante a sua distribuição a todos que necessitam do tratamento”, ressaltou a especialista.

Dentre os exames que os pacientes realizam, a ultrassonografia de abdômen é de fundamental importância, uma vez que permite o estadiamento da doença (hepatite versus cirrose). “Através deste exame é possível detectar a presença ou não de hipertensão portal, que pode estar associada à cirrose e determina o pior prognóstico, bem como a identificação de carcinoma hepatocelular - tumor primário do fígado associado às hepatites virais e também à cirrose”, explica Dra. Lísia.

No caso da identificação de cirrose, os pacientes devem ter seu acompanhamento intensificado para que se possa avaliar o grau de comprometimento da doença e a necessidade de encaminhamento à equipe de transplante, atendimento este também disponibilizado pelo HSVP. No Ambulatório do SUS da instituição, o atendimento aos pacientes é subdividido pelo agravamento da doença:

Ambulatório da Segunda-feira: Os pacientes atendidos estão nas fases iniciais da doença sob a forma de hepatite;

Ambulatório da Terça-feira: Os pacientes atendidos neste dia recebem acompanhamento e quando houver indicação de transplante são encaminhados para a lista de espera por transplante de fígado.

Ambulatório da Quarta-feira: Os pacientes que são atendidos neste dia fazem parte do grupo que já recebeu o transplante de fígado.

Ambulatório da Quinta-feira: Neste dia o serviço é destinado a atender os pacientes com a doença mais agravada. São os casos de cirrose hepática em tratamento clínico sem a indicação de transplante.

Atendimento

Os atendimentos são realizados de segunda a quinta-feira, a partir das 10h, conforme escala determinada pelo agravamento da doença do paciente. Mais informações pelo telefone (054) 3316-4029.

Foto: Médica gastroenterologista Lísia Hoppe coordena o Serviço de Gastroenterologia do Ambulatório do SUS do HSVP (Foto Assessoria de Comunicação HSVP/Ender Machado Monteiro)

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