A luta silenciosa contra o crack

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Relatos de dependentes dão conta de que ele chegou em Passo Fundo há pelo menos 20 anos, mas foi na última década que ganhou força e desbancou drogas mais consumidas como a cocaína e a maconha. Com um preço menor e um alto poder de dependência, o crack deixou de ser a droga da periferia e se alojou em todas as camadas sociais. Sem uma estatística precisa, especialistas estimam a existência de mais de cinco mil usuários na cidade. Impiedosa, a pedra vem sugando lentamente a vida e a dignidade dos usuários. Ao mesmo tempo, arrasta famílias inteiras que mergulham em um universo totalmente desconhecido para resgatar seus filhos. Além de ver os bens materiais, adquiridos em anos de trabalho, sendo consumidos a cada beijo na lata (jargão usando pelos dependentes), pais sofrem e adoecem silenciosamente em suas casas. São casais com idade acima de 45 anos, que abriram mão da própria vida e passaram a peregrinar por corredores de clínicas, hospitais, delegacias e reuniões de grupos de ajuda. Isolados dos amigos e dos próprios parentes, convivem com o fantasma do medo e da violência, mas não perdem a esperança de vencer essa luta.

A partir da edição deste final de semana, até a próxima terça-feira, O Nacional traz uma seqüência de matérias com relatos de famílias que tiveram suas vidas devastadas pelo crack e lutam desesperadamente para salvar seus filhos do vício. O material traz também parte do resultado de uma pesquisa realizada por professores e alunos da UPF, em cinco mil casas de Passo Fundo, comprovando cientificamente o avanço da droga, além de uma análise do titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Capturas- Defrec-, delegado Adroaldo Schenkel, e um levantamento sobre a rede de atendimento na cidade.

Reportagem completa na edição impressa ou digital 

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