A luta por leitos

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Conscientizar o dependente a buscar ajuda para iniciar o processo de desintoxicação é um dos maiores desafios enfrentados pela família. Quando isso acontece, surge o segundo obstáculo: conseguir um leito. Em Passo Fundo, atualmente são disponibilizadas apenas seis vagas no Hospital Municipal, destinadas para jovens, e aproximadamente outras 20 no Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes. Com o número reduzido, a alternativa é recorrer à justiça. As chamadas internações compulsórias levam em média de um até quatro meses para chegarem ao juiz, tempo muitas vezes longo para quem tem urgência.

Na chamada segunda fase do tratamento, a situação não é diferente.  Para quem não tem condições de pagar um tratamento particular, as alternativas são bastante reduzidas. O município disponibiliza 20 vagas e o Estado, através da 6ª Coordenaria Regional de Saúde, outras 20, nas unidades terapêuticas, por um período de seis a nove meses.

Somente na Central de Orientação e Acolhimento à família, ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social, são 1.500 dependentes cadastrados e pelo menos 60 deles aguardando na fila para internar. Responsável pelo setor há quase seis anos, o pastor Selmir Fagundes da Rosa, afirma que o caminho adequado do tratamento seria passar pelo processo de desintoxicação, em seguida,  pela internação em uma unidade terapêutica, por pelo menos um ano, para somente depois disso, ingressar em um centro de ressocialização. ”Nesta última fase, o paciente terá condições de participar de oficinas, realizar trabalhos, porque já estará longe do crack há bastante tempo” afirma.

Em Passo Fundo, as internações são realizadas pelo CAPs AD, responsável pela avaliação dos pacientes. O órgão tem aproximadamente 188 pessoas cadastradas e realiza mensalmente uma média de 1.500 atendimentos. O Caps disponibiliza uma equipes de profissionais com  psicólogos, assistentes social, enfermeiras, pedagogas, psiquiatras e cozinheiras.

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