Os mais de 700 alunos que estudam no Colégio Salvatoriano Bom Conselho tiveram um recreio diferente nesta sexta-feira. Aproveitando as comemorações da Semana Farroupilha, a direção do Colégio e a Associação de Pais e Mestres, organizaram um café de chaleira com direito a apresentação de dança, chimarrão e muita música.
O orgulho em cultivar as tradições podia ser visto nas roupas e no grande número de cuias carregadas pelo pátio. Muitos alunos aproveitaram para ir pilchados. Fernanda Soares, de 15 anos, aluna do segundo ano do ensino médio, foi uma delas. “Gosto muito das tradições gaúchas. Participo do CTG Osório Porto e vejo que muitas pessoas não dão mais tanta importância para isso atualmente. Eu, particularmente, acho interessante fazer essas ações na escola para mostrar o quanto nosso Estado é rico em cultura. Com isso mostramos o orgulho em sermos gaúchos”, destaca.
O vice-diretor, Miguel Rosseto, revela que o objetivo desses festejos dentro da comunidade escolar é resgatar a tradição e mostrar os valores que eles incluem. “São os valores de coletividade, de conversa, de vivência, de humanização. A própria roda do chimarrão é uma simbologia da tradição gaúcha”, ressalta. Para Rosseto, o chimarrão representa mais o gaúcho fora do Estado do que qualquer outro símbolo.
Esse ano ele foi o símbolo estudado pelos alunos do Bom Conselho. Durante o café de chaleira foi possível perceber a sua importância pela quantidade de alunos carregando o artigo típico. “O chimarrão traz a questão da roda, do sentar, conversar, trocar ideias, do passar de mão em mão, da familiaridade. São esses valores que estão incutidos na tradição gaucha que o Bom Conselho quer resgatar”, diz.
Além do café de chaleira, durante o intervalo os alunos puderam ouvir música gauchesca e assistir apresentação da invernada mirin do CGT Lalau Miranda. Segundo Rosseto os alunos se sentiram motivados e isso é conferido pelo grande número de pilchas. “Inclusive os alunos de outros estados se mostram impressionados como nós cultuamos a nossa tradição. Eles dizem que nos outros, isso não é costumeiro”, conclui.