O melhor amigo do gaúcho

O cavalo faz parte da identidade cultural do gaúcho e por isso o grupo mais antigo de cavaleiros do município fala sobre a mágica de trotear por esse Rio Grande a fora

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Já dizia a música que “um gaúcho sem cavalo, é um arreio sem estribo, é igual a um pajé solito, sentindo a falta da tribo”. As palavras cantadas pelo grupo “Os Monarcas” poderiam ilustrar a paixão dos Cavaleiros do Mercosul pelo melhor amigo do gaúcho. A entidade foi criada há 16 anos e hoje é formada por 25 cavaleiros.  Já cavalgaram a Buenos Aires, Argentina, Chile e Uruguai. Ao todo, são mais de 11 mil quilômetros percorridos.

O Grupo Tradicionalista e Cultural Cavaleiros do Mercosul faz muito mais que cavalgar e apreciar as belas paisagens desse Rio Grande. O objetivo dessas cavalgadas é defender o resgate da cidadania e da democracia.

Seu primeiro trajeto foi traçado em 1995, denominado “Cavalgada de Passo Fundo a Buenos Aires”, num percurso de 1.310 km durante 30 dias. A vontade surgiu a partir de um estudo da Universidade de Passo Fundo, que apontava que os caminhos mais curtos entre São Paulo e Buenos Aires, interior do Uruguai e Chile passavam pela região do Planalto Médio. O grupo resolveu mapear o trajeto a pata de cavalo e aproveitaram para realizar reuniões e encontros com autoridades para divulgar a nova rota do Mercosul.

Entre as viagens está a de 1997 a São Paulo, a fim de completar a rota. Em 1998 com a mesma finalidade promoveram a Cavalgada de Passo Fundo, São Borja e Santo Tomé, na Argentina. Em 2000, percorreram 2.550 km, em 60 dias, na Cavalgada de Passo Fundo ao Chile, passando pela Argentina, Santiago e, finalmente até a Vinã Del Mar, no o Oceano Pacífico. Participaram de uma cavalgada a Palmeira das Missões com o objetivo da liberação do plantio e comercialização da Soja Transgênica e em 2007 também realizaram a Cavalgada pela Ética, Moral e Bons Costumes na Política, até Porto Alegre.

Há seis anos, o grupo, em parceria com a Brigada Militar, encena a Batalha do Pulador que aconteceu em um distrito de Passo Fundo durante a Revolução Federalista de 1893, sendo reconhecida como a batalha mais sangrenta do Brasil.Morreram mais de mil combatentes e centenas ficaram feridos. Mais de 20 mil pessoas assistiram ao espetáculo na última edição. O grupo é formado por um comandante, um subcomandante, um coordenador de cavalgadas, um secretário, um tesoureiro e um conselho fiscal.

Confira esta e outras matérias no Especial Tradicionalismo na edição impressa e digital do Jornal o Nacional

Gostou? Compartilhe