Na última quarta-feira (28/09), uma idosa de 77 anos caiu e bateu a cabeça no meio fio e ficou cerca de 40 minutos esperando socorro. Segundo testemunhas, os bombeiros não puderam atender o chamado porque estavam em outra ocorrência e a alternativa foi ligar para o Samu, através do 192. Conforme relatos, a burocracia do sistema de protocolo provocou a demora no atendimento da vítima. A situação enfrentada pela idosa e seus familiares não é isolada. O fato de ter uma central reguladora em Porto Alegre que antes de liberar uma ambulância coleta dados e analisa a gravidade do fato provoca reclamação. Nesta semana, o serviço completa mil atendimentos e por enquanto, uma das ambulâncias recebidas pelo município continua parada no pátio da base do Samu.
Iria Ramires Silva, de 77 anos estava acompanhada da filha e da irmã quando tropeçou na via pública e caiu. Ela bateu a cabeça e as costas. Caída no chão, ficou sem forças para se levantar, sentia muita dor e dificuldade para respirar. Neste momento, muitas pessoas que passavam pelo local pararam para prestar ajuda. Os familiares preferiram não mexer na idosa para evitar danos mais sérios. Depois de não receberem uma resposta positiva dos bombeiros, a filha da vítima ligou para o Samu. A ligação caiu na Central Reguladora na capital onde foi atendida por uma telefonista que pediu nome do solicitante, telefone, endereço, pontos de referência, nome do paciente, sexo, idade, queixa, fator causador entre outros registros. Depois do questionário, ela passou a ligação para um médico que perguntou a gravidade da situação do paciente. Num primeiro momento, eles informaram que não havia ambulância disponível. “Eles fazem um monte de perguntas e ficam passando a ligação. Isso é um descaso com a população. Mandaram sentar, mas eu aprendi que o melhor é deixar a pessoa imóvel até a chegada do socorro”, desabafou a irmã da idosa, Maria Ramires.
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