Iniciaram ontem as aulas do curso Qualificação para o Trabalho Doméstico: direitos e orientações. A iniciativa é uma parceria da ONG Caixa - Moradia e Cidadania, UPF, UPFTV, e Cáritas Arquidiocesana. As aulas são realizadas na Cáritas uma vez por semana. Nos nove encontros, a professora Lúcia Maria Gorgen, que tem experiência em cursos de organização doméstica, expõe aspectos da função de empregada doméstica, destacando o valor da profissão desempenhada, que não deve ser feita apenas pela falta de qualificação em outras áreas. “Muitas vezes aquilo que se faz em casa não é reconhecido como profissão, mas ela precisa ser valorizada, sim. Ninguém pode trabalhar na área porque não sabe fazer alguma outra coisa, mas sim porque sabe bem fazer aquilo que se dispõe a fazer. Assim é o trabalho doméstico”, completa.
O curso terá duração de dois meses e conta com apoio do curso de Assistência Social da UPF. Desde 2010, este é o quinto grupo de alunos ingressantes. Muitas profissionais acabam sendo contratadas durante o curso. Já aquelas que não estão no mercado de trabalho, são encaminhadas ao Sine. Para outras, porém, a oportunidade é de crescimento profissional e busca de novos conhecimentos. É o caso de Elenir Machado, de 56 anos, que já trabalha na área. “Pretendo aprender coisas novas, que possam facilitar meu trabalho”, afirma a doméstica.
Não só de profissionais femininas é feito o trabalho doméstico. Quem prova isso é Júlio da Costa, de 60 anos. Único homem no grupo de cerca de 30 mulheres, ele pretende aprender sobre o trabalho doméstico para enriquecer o crescimento pessoal. “Para a formação profissional é muito bom, mas para mim é mais interessante para o conhecimento particular. Acho muito importante saber sobre isso”, afirma.
Para Odete Silveira, coordenadora do grupo de mulheres, o curso valoriza as profissionais e as capacita para o mercado de trabalho. O curso tem 36 horas de duração e segue até o início de dezembro.