Na última sexta-feira, a Prefeitura abriu a licitação para concorrência de empresas para realizar as reformas da Praça Marechal Floriano, mas nenhuma empresa se apresentou. Esta foi a segunda tentativa da Prefeitura para contratação da obra. No primeiro edital, a obra estava orçada em R$ 29 mil e previa apenas a reforma do calçamento. Como nenhuma empresa se candidatou, a Secretaria de Serviços Gerais resolveu ampliar a reforma, contemplando ainda a recuperação da iluminação, construção de banheiros com acessibilidade, além da recuperação do piso. No entanto, mesmo ampliando o valor do edital para R$ 175 mil, a licitação foi deserta.
Segundo a coordenadora do setor de licitações da Prefeitura, Terezinha Martelli, o motivo pode ter sido a falta de profissionais da área da construção civil. “O mercado está aquecido e as empresas que possuem trabalhos em andamento não conseguem ampliar suas equipes porque não existem profissionais disponíveis no mercado”, disse.
Para o engenheiro proprietário da Plano Construções, Luiz Eduardo Jost, que participa de licitações na Prefeitura de Passo Fundo há cerca de 20 anos, este é o principal problema das construtoras nos últimos anos. De acordo Jost, a pouca qualificação também impede a contratação de novas obras. “As obras públicas já são diferenciadas, pois a margem de lucro é menor do que no mercado comercial e como este setor está aquecido, as empresas estão direcionando suas equipes para obras particulares”, relatou.
Nova licitação
Segundo a coordenadora, a Secretaria de Serviços Gerais, que foi notificada da ausência de interessados nesta segunda-feira, fará um estudo para avaliar uma nova licitação ou então mudança no último projeto. Não há previsão de data para a abertura do novo edital. Os recursos são oriundos de uma emenda parlamentar de 2009 do Deputado Beto Albuquerque.
