A greve dos bancários completou 18 dias na sexta-feira, mas a categoria ainda aguarda uma proposta Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na tarde de quinta-feira, 13, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban estabeleceram a primeira rodada de negociação após o início da greve dos trabalhadores de instituições financeiras, desde o dia 27 de setembro. Sem acordo, a reunião sediada em São Paulo foi encerrada com o compromisso de ser retomada nesta sexta-feira, mas até o fechamento da edição não houve apresentação de proposta.
A Fenaban, é um braço da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) que trata das negociações com os bancários. A última conversa entre os lados havia ocorrido no dia 23 de setembro, ainda antes do início da greve. Na negociação inicial, foi ampliado o índice de reajuste de 7,8% para 8%, valor que foi reprovado pelo Comando Nacional dos Bancários. “Por ser um índice pequeno, ainda longe dos 12,8% reivindicados e também porque outras questões importantes que a categoria está buscando não estavam sendo atendidas”, explica o secretário de Imprensa e Divulgação do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e Região, Nelson Antonio Fazenda.
“Queremos retomar o trabalho o mais rápido possível e isso não deve ser diferente em qualquer canto do país”, diz Fazenda. O reajuste buscado corresponde a aumento real de 5% mais a inflação acumulada no período de 12 meses. Entre as exigências da categoria também consta a realização de mais contratações para garantir melhor atendimento aos usuários, participação nos lucros e resultados (PLR) e o fim de metas abusivas.
Fazenda argumenta que a expectativa é grande para que as reivindicações sejam atendidas e o trabalho normalizado. “Nós somos obrigados a partir para o último recurso de pressão, que é a greve. Isso devido à intransigência dos banqueiros que com os tamanhos lucros que tem, não se sensibilizam com a situação dos trabalhadores e da população. Porque a nossa luta também está relacionada ao interesse de todos”
Fazenda informou ainda que existam negociações paralelas com as instituições públicas: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banrisul. Porém antes de dar prosseguimento às conversas, os servidores dos bancos estatais aguardam o término da negociação geral com a Fenaban.