Quem depende do SUS conhece bem o drama que é para conseguir uma consulta com especialista, exames, internações e cirurgias. Na melhor das hipóteses, o usuário passa horas na fila para conseguir uma ficha e ainda aguarda meses pelo procedimento. Pois este cenário foi tema de uma pesquisa publicada nesta semana pela Confederação Nacional dos Municípios que apontou que no Rio Grande do Sul, o SUS tem uma fila de espera de quase meio milhão de procedimentos.
Conforme a pesquisa, quase 50% da demanda é por consultas com médicos especialistas. Em segundo lugar, com 31,9%, ficaram os exames de diagnóstico e outros. Internações representaram 1,4% e, procedimentos com menos demanda, 19,1% do total. Na 6ª Coordenadoria Regional da Saúde, a pesquisa apontou que mais de 10.175 procedimentos aguardavam agendamento entre maio e junho deste ano, quando foi realizada a pesquisa. O montante representa 9,3% do total de procedimentos reprimidos no Estado, só perdendo para a região metropolitana de Porto Alegre, que concentra quase 50% do total.
Para o coordenador regional de saúde, Alberi Grando, o número expõe uma situação de caos provocada pela falta de interesse dos profissionais de saúde em trabalhar para o SUS. “Existe uma enorme demanda reprimida em consultas especializadas porque o SUS paga muito mal as especialidades. É uma questão também de mercado. Hoje aqui na região, existe uma grande demanda por médicos cardiologistas, endócrinos, neurologistas”, disse. Segundo o coordenador, o atendimento especializado é pago e gerenciado pelo governo federal. “É ele que estipula, conforme a população residente, o número de consultas, exames e outros procedimentos especializados disponíveis mensalmente para as cidades”, explicou.
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