O preço do lixo

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A prefeitura de Passo Fundo terá de desembolsar, aproximadamente R$ 12 mil por dia, para destinar as cerca de 120 toneladas de lixo produzidas diariamente, para outra cidade, por um prazo de seis meses a um ano, até que uma nova tecnologia de destinação final seja implementada no município. Considerando o prazo de 12 meses e um valor entre R$ 97 a R$ 112 a tonelada, o custo aos cofres públicos ficará perto da casa dos R$ 4 milhões. Quatro empresas das cidades de Marau, Giruá, Palmeira das Missões e Minas do Leão, estão na disputa pela assinatura do contrato emergencial. A vencedora deve ser anunciado ainda nesta semana.

O problema do lixo em Passo Fundo já tem quase três décadas, mas se agravou a partir de dezembro do ano passado quando a Fepam indeferiu o pedido de construção de mais uma célula no aterro sanitário, cuja capacidade está completamente esgotada. A partir de um termo de ajuste entre Prefeitura e Ministério Público, ficou garantida a utilização da última célula até dezembro deste ano, desde que fossem feitas melhorias na estrutura. Sem poder contar mais com o aterro atual e descartada a possibilidade de construção de um novo, em razão dos custos, falta de local e tempo de conclusão, restou a busca por novas tecnologias. A secretaria do Meio Ambiente (Sema), se mobilizou ainda no começo de 2011. Chegou a visitar empresas em outros estados e fez previsões de prazos, mas o processo não evolui. Oito meses depois do acordo judicial, a possibilidade de levar o lixo para outra cidade, desconsiderada anteriormente pela própria Sema, surge agora como única opção.

“Encaminhamos documentos, fizemos levantamento de dados técnicos, estudos, embasamento jurídico. A morosidade se deu em razão da burocracia, agora estamos com essas questões encaminhadas” garante o secretário da Sema, Clóvis Alves. Ele refaz as contas e estima que, entre o processo licitatório, assinatura de contratos, instalação e funcionamento da nova empresa em Passo Fundo, o prazo é de seis a oito meses. Um espaço livre de aproximadamente 12 hectares, no próprio aterro sanitário, é visto por ele como provável local. Entre as novas tecnologias de destinação final do lixo estão a triagem e compostagem, carbonização e incineração, entre outras.

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