Um impasse burocrático mais uma vez está impedindo uma solução emergente para o grave problema do Rio Passo Fundo. Há cerca de duas semanas, mais um foco de lixo foi localizado no leito do rio, próximo a Embrapa, a cerca de dois quilômetros da BR-285. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Clóvis Alves, desta vez, o volume de resíduos pode chegar a 24 toneladas, cerca de três vezes mais que a quantidade que foi retirada em abril deste ano.
O volume de lixo está acumulado em três pontos do rio e pode ser visto por satélite, mas foi localizado por funcionários da Embrapa. “São três ilhas, com um volume muito grande de material que foi se acumulando há muitos anos, pois encontramos embalagens de produtos que nem são mais comercializados”, explicou o observador meteorológico da Embrapa, Ivegndonei Sampaio. O lençol de lixo cobre uma extensão do rio de aproximadamente 100 metros, obstruindo o curso natural na água.
Autorização
Além do grave problema ambiental, surgiu um impasse burocrático entre a Secretaria Municipal do Meio Ambiente o Departamento Estadual de Florestas Protegidas (Defap), que não teria dado anuência para a dragagem e que cobra uma atuação mais preventiva do município. “A prefeitura sequer prestou contas do impacto ambiental causado pela dragagem que foi autorizada e realizada emergencialmente em abril deste ano quando foram retiradas oito toneladas de lixo do Rio Passo Fundo. Agir emergencialmente não resolve o problema, é necessário planejamento ambiental”, disse Maria Helena Benedetti, engenheira agrônoma responsável pela Agência do Defap na região de Passo Fundo.
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