A revista ARede premiou neste ano 16 iniciativas da sociedade civil, de governos e de empresas que usam as tecnologias da informação e comunicação (TICs) para promover a inclusão social. Entre os premiados de 2011 está o projeto de extensão Mutirão pela Inclusão Digital da Universidade de Passo Fundo. A entrega da premiação aconteceu no último dia 31 de outubro, no Itaú Cultural em São Paulo.
O prêmio ARede, na sua quinta edição, é organizado em categorias que consideram iniciativas de capacitação, desenvolvimento de conteúdo, desenvolvimento tecnológico e inovação, governo eletrônico, sustentabilidade e gestão. O projeto da UPF foi premiado na categoria Setor Privado – Capacitação.
Segundo a organização, o Prêmio ARede vem dando uma significativa contribuição para que o acesso à tecnologias se dissemine por cada canto do país, se democratize entre todas as camadas sociais e gere desenvolvimento para pessoas e comunidades. Em 2011 foram centenas de iniciativas inscritas de todos os estados.
O projeto da UPF
O objetivo do Mutirão pela Inclusão Digital é implementar ações de inclusão digital com vistas à apropriação das tecnologias de rede por parte dos grupos de usuários da política de assistência social em uma perspectiva de ambiente comunicacional e de exercício da cidadania. Criado em 2004, atende atualmente pessoas de todas as idades de escolas e entidades socioassistenciais passo-fundenses, proporcionando oficinas de informática e cidadania. As atividades são totalmente gratuitas e acontecem no Laboratório Central de Informática da UPF. O conteúdo das oficinas é definido e organizado junto aos grupos atendidos no sentido de considerar suas especificidades.
Outra preocupação constante do projeto é estabelecer relações entre pesquisa, ensino e outras ações de extensão. Neste sentido, mantém estreita relação com o Grupo de Estudo e Pesquisa em inclusão Digital e já atendeu a mais de 200 usuários, realizou 20 eventos de socialização do conhecimento gerado, produziu 70 artigos científicos, envolveu 128 estagiários e foi espaço de desenvolvimento de 17 trabalhos de conclusão de curso e de 12 dissertações de mestrado.
O projeto é coordenado pelo professor do curso de Ciência da Computação Adriano Canabarro Teixeira e conta com a participação de outros docentes e alunos dos cursos da de Informática, Serviço Social, Pedagogia e Comunicação da UPF. De acordo com Teixeira, que esteve em São Paulo recebendo a premiação, o reconhecimento da revista ARede é resultado de um trabalho coletivo e comprometido de diferentes pessoas e setores da UPF. O coordenador destaca que a busca pelo fortalecimento do tripé universitário por meio da extensão é elemento fundamental de uma universidade comunitária e que, em considerando o contexto social contemporâneo, o Mutirão busca agregar a estes três elementos um quarto e fundamental: a inovação.