Qualificando os serviços domésticos

Curso busca qualificar e ressaltar a importância das empregadas domésticas

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Muitas vezes a falta de trabalho, de opção, de formação acadêmica, de renda ou o pensamento de ter que logo arrumar um emprego faz com que as mulheres procurem o ramo da faxina para ganhar a vida. Entretanto, um curso realizado em parceria com a Cáritas Diocesana, UPF e a ONG Moradia e Cidadania, mostra que o trabalho de doméstica é muito mais do que realizar uma simples limpeza. A responsabilidade de cuidar de um lar, a postura na hora do trabalho, o modo de aplicar os produtos e o conhecimento dos direitos e deveres seja tão importante como qualquer outro serviço.

Atualmente o curso de Qualificação para o trabalho doméstico: direitos e deveres está formando a sua quinta turma. No ano passado foram 58 profissionais que receberam o certificado. Para a próxima turma já há fichas de inscrição.

O coordenador dos projetos da Cáritas, Luiz Costella, explica que o curso foi criado pela percepção da necessidade de capacitação das pessoas que trabalham nesse ramo. Como a Cáritas tem bastantes programas nos bairros, foi possível perceber que muitas das mulheres que estavam trabalhando como domésticas estavam desempregadas. “Na maioria das vezes as domésticas acabam não ficando no emprego pela falta de capacitação e de postura. Postura nem sempre somente delas, como também dos patrões”, ressalta. Por isso, foi pensado em criar um curso que, além de ensinar as profissionais os serviços, também as ensinasse postura, como atender um telefone, como se vestir para trabalhar, questões de higiene e também de direitos e deveres.

“Hoje gastamos em torno de R$ 4 mil para manter o curso. Um preço relativamente baixo pelo resultado que produz”, avalia Costella. As turmas são formadas por 25 alunos. Para esse curso, cerca de 60 candidatas se inscreveram. A predileção foi para quem não estava trabalhando e para quem tinha a renda mais baixa. Atualmente a ONG Moradia e Cidadania custeia as aulas com a professora de organização doméstica e também cede os vales transportes. A Cáritas mantém a parte da estrutura física, o lanche e administra o programa. Já a UPF cede duas estagiárias do curso de Serviço Social e dá a certificação.

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