Solidariedade é a marca dos projetos da Cáritas

Agentes visitaram os 21 projetos promovidos pela Arquidiocese de Passo Fundo

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No segundo dia do Congresso da Cáritas Brasileira, que acontece em Passo Fundo desde quarta-feira e segue até sábado, os agentes participaram de debates e também conheceram os 21 projetos realizados pela Cáritas em Passo Fundo e região. Segundo o agente da Cáritas Regional Nordeste III, que compreende os estados de Bahia e Sergipe, Daniel Miranda, o objetivo das visitas é promover o acolhimento e a troca de experiências entre as diversas atuações das entidades em todo o país.

Na tarde de ontem, Miranda coordenou um grupo de agentes com representantes de todo o Brasil que debateu a questão da sustentabilidade das ações da Rede Cáritas. “A ideia é partilhar não só como acontece o financiamento dos projetos, mas a sustentabilidade dos princípios e valores da ação Cáritas, através do trabalho voluntário e quais são os frutos colhidos na comunidade”, explicou. Para exemplificar o debate, o grupo visitou a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, que possui formas próprias de arrecadação e administração de recursos. A paróquia desenvolve três projetos através de doações e o trabalho de voluntários da Paróquia.

O projeto de apadrinhamento de portadores de necessidades especiais começou em 1996 e atualmente é coordenado pelo casal Joceli e Elda Fossati. Eles explicaram aos visitantes que como é o trabalho desenvolvido no acompanhamento das 54 pessoas com deficiência. “O acompanhamento começa com a visita de uma assistente social. Depois, constatada a necessidade de ajuda, a pessoa ganha um ou mais padrinhos que ajudam no que for possível, através de uma doação mensal de sacolas de alimentos, acompanhamento da família e encaminhamento de ações para saúde”, explicou Elda.  

Aconchego é o outro projeto realizado pelos paroquianos na Sagrado Coração de Jesus. O trabalho começou no ano 2000 quando um grupo de amigas começou a se reunir para fazer peças de tricô e crochê para doar para famílias carentes. Uma das voluntárias do grupo, Ilse Xavier, conta que em 2003 o grupo passou a fazer parte da Cáritas da Paróquia e começou a confeccionar peças para bebês recém nascidos carentes do Hospital da Cidade. Atualmente são doados m média 12 enxovais por mês, que possui edredom, casacos, pijamas, meias, sapatinhos e outros. O grupo se reúne todas as quintas-feiras a tarde e conta com a participação de 20 mulheres de diversas idades da paróquia. A distribuição dos enxovais acontece na maternidade do Hospital. “Vamos até o hospital, conversamos com as mães e verificamos se elas precisam de ajuda”, relata Ilse.

Para Miranda, o principal aprendizado foi a solidariedade. “Vimos aqui pessoas que, mesmo vivendo numa comunidade que está longe da marginalidade, possuem um ideal de ajudar um ao outro, que praticam o amor e solidariedade, através de uma organização sustentável, que conta com a captação e doação de alimentos e roupas e, até mesmo, doando uma tarde ou um dia por semana para ajudar o próximo”, avaliou. Além disso, o agente também comentou sobre a forma de organização da paróquia. “A pastoral da Cáritas tem um formato diferente de mobilização, da igreja partindo para a comunidade, enquanto que a Cáritas Regional está mais para a organização da Diocese, numa ação mais de assessoria. O interessante é que aqui a gente vê a ponta, a ação concreta daquilo que é planejado nas regionais, a ação transformada em solidariedade”, finalizou.

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