Clima colaborou e produção de pêssego pode ser 30% maior

Na propriedade de Mércio Michel, no Distrito de São Roque, a produtividade e a qualidade do fruto devem garantir bom rendimento com a produção

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As condições climáticas favoráveis vão garantir uma boa safra de pêssego na região. Frutos abundantes e de boa qualidade são destaques nas propriedades. Em algumas, o aumento da produção deve chegar a 30%. O fruto que tem bom rendimento com pouca área plantada ainda encontra algumas dificuldades para poder crescer. A falta de câmaras frias para armazenar os frutos obriga os agricultores a vender toda a produção ainda no período da colheita.

A propriedade de Mércio Michel, na localidade de São José, no Distrito de São Roque, é um exemplo quando se pensa em diversificação de culturas. No total, a área não chega a oito hectares. A parte cultivada é ainda menor, dois hectares. Nesse espaço são cultivados pêssego, morango, milho, feijão e outras culturas. O restante é ocupado por áreas de mata preservadas pelo agricultor.

Há 19 anos, o produtor rural apostou na produção de pêssego e implantou na propriedade um pomar de 0,7 hectare. A profissionalização do manejo garante a ele qualidade e produtividade. Segundo o agricultor, a produtividade desta safra deve ser até 30% maior em relação a 2010. “Neste ano tivemos geadas no tempo certo. A produção é alta, principalmente a variedade chimarrita que é de ciclo médio”, destaca. Michel acrescenta que a existência de poucos produtores na região e a proximidade com a cidade facilitam a venda do produto para o consumo in natura. A área plantada e a produção não são aumentados devido a falta de mão-de-obra qualificada para trabalhar no manejo do pomar. Cada pé deve ter um rendimento médio de 60 quilos. Com 300 pés por hectare é possível colher até 18 toneladas.

Venda

A maior parte da produção é vendida diretamente na feira do produtor e menos de 20% para fruteiras e mercados. Os frutos de tamanho médio são vendidos por cerca de R$ 2,00 o quilo, enquanto os grandes podem ser comercializados a R$ 3,00. Do início ao fim do período de colheita, a família de Michel tem no máximo 19 dias para retirar os frutos e escoar a produção. “Toda a colheita é manual”, pontua. Durante o ano, apenas três pessoas trabalham no pomar. Na época de safra uma ou duas pessoas são contratadas para garantir que o fruto seja retirado com boa qualidade. Na propriedade, a cultivar chimarrita, de ciclo médio, já está com frutos prontos para a venda. A eldorado, de ciclo mais tardio, deve ficar madura a partir do Natal.

Armazenamento

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo Ivan Guarienti a falta de câmaras frias para armazenamento dos frutos é um dos pontos que dificulta o aumento da área produzida.  “Outras regiões como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, tem câmaras frias e podem armazenar os frutos por até dois meses”, compara. Na região, a produtividade média deve ficar entre 12 e 15 toneladas por hectare.

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