“Em nossa avaliação esta é uma das greves mais difíceis porque é um governo que sempre esteve do nosso lado, inclusive ajudamos a elegê-lo, e que conhece todas as estratégias sindicais”. A conclusão foi proferida pela diretora-geral do Cpers Passo Fundo, Norma dos Santos Machado, após mais de duas horas de discussão com a categoria. No final da tarde de domingo, representantes do magistério estadual decidiram como proceder com a mobilização grevista em Passo Fundo. Os professores reuniram-se na sede local do Cpers-Sindicato e decidiram por estabelecer uma comissão que vai mobilizar a categoria no município.
A categoria exige a implementação do piso salarial para professores e funcionários de escola, retirada dos projetos de reforma do ensino médio e de alterações nos critérios de avaliação dos professores. A greve por tempo indeterminado foi deflagrada durante assembleia geral realizada sexta-feira (18), em Porto Alegre.
De acordo com a diretora-geral da entidade as ações começam hoje, no primeiro horário da abertura das escolas. Inicialmente, serão priorizadas na campanha de adesão à greve as instituições com maior número de alunos, sendo elas Protásio Alves, EENAV, Fagundes dos Reis e Cecy Leite Costa. A mesma agenda deverá ser efetuada nos turnos da tarde e da noite. Na terça e na quarta-feira, o grupo segue com a mesma atividade junto a professores de outras escolas.
“Não temos um panorama de quantos vão aderir, mas a consciência dos educadores está muito firme em relação aos ataques à educação pública”, pondera Norma. Mesmo admitindo ser esta mobilização complicada devido ao alinhamento histórico do Cpers com o Partido dos Trabalhadores (PT) a maioria dos professores acredita na efetividade da ação.
A notícia completa na edição impressa e digital do Jornal O Nacional. Assine já! www.onacional.com.br/assinaturas