Um grupo de 200 moradoras de quatro áreas consideradas de grande vulnerabilidade social de Passo Fundo terão a missão de mediar e prevenir situações de violência nessas regiões. Elas farão parte do projeto Mulheres da Paz, desenvolvido pelo Ministério da Justiça, em parceria com o município. Ontem à tarde, o prefeito Airton Dipp assinou o contrato com a Comissão dos Direitos Humanos de Passo Fundo, vencedora da licitação para realizar o processo seletivo e de capacitação das mulheres.
As inscrições estarão abertas de 2 a 20 de janeiro, na Secretária de Segurança Pública. Podem participar mulheres com idade mínima de 18 anos; escolaridade mínima até a 4ª série, ou comprovação de capacidade de leitura e escrita; ter renda familiar de até dois salários mínimos; residir em um dos bairros envolvidos no projeto e disponibilidade de tempo mínimo de 12 horas semanais.
A capacitação será feita por uma comissão formada por uma psicóloga, um advogado, um assistente social e três educadores populares. Ao todo serão 150 horas/aulas divididas em quatro módulos. A formação inclui conhecimentos sobre mediação de conflitos, Lei Maria da Penha, informática e apoio psicossocial coletivo. Ainda durante o processo de capacitação, as mulheres começam a receber uma bolsa auxílio no valor de R$ 190, durante um período de 12 meses, além de camisetas, abrigo, capa de chuva, boné, tênis e casaco de náilon. O pagamento da bolsa e de responsabilidade do Ministério da Justiça. O investimento total será de R$ 460 mil.
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