Manifestação por água

Moradores da Ocupação III do bairro Záchia fecham rua para reivindicar água potável. Segundo eles, nas últimas semanas 12 crianças sofreram de desidratação pela falta ou má qualidade da água do local

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Mais de 30 moradores da ocupação III do bairro José Alexandre Záchia participaram de uma manifestação na manhã desta terça-feira. Com cartazes em mãos, eles trancaram por cerca de meia hora a entrada principal do bairro, a rua Rua Francisco Dal Conte. O objetivo foi reivindicar uma solução para o acesso a água potável dos habitantes do local, que há três anos utilizam olhos d’água ou a torneira da escola.

Dona Cleusa Pereira mora no local desde a sua criação, há cerca de três anos. Mãe de três filhas e avó de duas netas, a moradora diz que atualmente está cada vez mais complicado morar no local por causa da escassez de água. Antigamente a torneira que era cedida pelo colégio supria a necessidade das 20 famílias que ali habitavam. Mas, hoje são mais de 100. “Falta água todo dia. A água vem quando quer. Agora com a escola em férias as condições ficam mais precárias. Tem dia que temos que escolher se queremos fazer comida ou tomar banho. Nós adulto até superamos, mas para as crianças está muito sofrido”, conta.

Um dos organizadores da manifestação, Ariovaldo Boher, diz que o reservatório que a administração cedeu, localizado na escola, não está mais conseguindo suprir toda a demanda. “Hoje são 500 pessoas na ocupação. Há mais de um ano estamos com dificuldade em pegar água”, ressalta.

Ele destaca ainda que muitas pessoas tem ido buscar água em um olho d’água existente próximo ao local. Entretanto, os moradores estão desconfiados que com a falta de água nos últimos tempos ele está contaminado. “Tem muita gente que usa aquela água que está passando mal. Somente neste mês 12 crianças tiveram problemas com diarréia e vômito”, completou. Para tentar minimizar os efeitos, o morador que tem parentes que residem na parte do bairro onde é canalizado tem buscado ajuda para pegar água nos locais.

Boher diz que não sabe mais a quem recorrer, uma vez que já pediu ajuda a Secretaria de Habitação e também a Corsan para ajudar a comunidade. “A Corsan diz que não pode colocar água porque a Habitação não libera. Já o secretário diz que o problema é com a Corsan. Queremos é uma solução”, completa.

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