Para facilitar e dinamizar a comunicação entre esses pacientes e os profissionais de saúde, a enfermeira mestranda do Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano da Universidade de Passo Fundo (UPF), Graciela de Brum Palmeiras, desenvolve o projeto de pesquisa inédito no Brasil “Comunicação verbal em unidade de terapia intensiva: validação do uso do tablet no relacionamento interpessoal do profissional de saúde e paciente”.
A orientação do projeto é do professor doutor do Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano da UPF, Adriano Pasqualotti. “O primeiro que teve interesse em propor a necessidade de uma forma de comunicação entre os pacientes que necessitam de traqueostomia foi o Dr. Luiz Antônio Betinelli, que é co-orientador do projeto da mestranda Graciela. A partir de então, para contemplar a dissertação de mestrado, a ideia passou a ser estudada. Hoje, o projeto está em andamento e visa propiciar aos pacientes uma forma inovadora e eficiente de comunicação”, ressaltou o professor.
Através de um software desenvolvido pela empresa Metasig, foi possível inovar a comunicação entre os profissionais de saúde, pacientes e seus familiares. “A dificuldade de poder se comunicar é uma situação difícil para todos os envolvidos, gerando ansiedade, irritação e frustração tanto para o paciente como para os profissionais de saúde. O propósito é que o paciente possa manifestar quais seus sentimentos através do toque na tela do tablet, onde estarão disponíveis várias imagens com diferentes expressões. Assim, o paciente poderá comunicar se está com dor e qual o local da dor, se gostaria da presença de um familiar ou se está com fome, entre outras vontades”, explica a autora do estudo, Graciela.
O projeto iniciou em março de 2011. Na segunda fase foram aplicados testes com o protótipo do sistema de comunicação e a sua implementação está prevista para março de 2012. “Várias análises e mudanças já foram feitas. O propósito é que a cada teste realizado façamos melhorias para qualificar o serviço que será oferecido. No início o estudo visava à comunicação somente por imagens, porém melhoramos o aplicativo para que ele ofereça sons e também a possibilidade de escrever”, contou Pasqualotti.
Para Graciela, o sentimento motivador do projeto é acreditar que o profissional da saúde deve ser o facilitador na promoção do bem-estar biopsicossocial, espiritual e emocional do paciente, conduzindo-o às melhores formas de enfrentamento do processo de hospitalização. “É apenas o início de um estudo que terá a necessidade de novas pesquisas para tornar cada vez mais efetivo o processo de comunicação”.
Uso de tablet inova comunicação no CTI
· 1 min de leitura