Produtores de frango estão paralisando alojamentos

Há cerca de três anos os agricultores da região estão sofrendo com os atrasos nos pagamentos dos lotes entregues à empresa Doux Frangosul

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A decisão de paralisar o alojamento de frangos como integrados da empresa Doux Frangosul está ganhando adeptos na região de Passo Fundo. Vários produtores já estão decididos a não alojar mais os animais até que sejam regularizados os pagamentos. A iniciativa havia partido de uma assembleia realizada no dia 14 de dezembro no município de Montenegro, onde também existe um frigorífico e o problema dos atrasos é semelhante. Na ocasião estiveram reunidos mais de 600 produtores que decidiram por paralisar a atividade até que a empresa pague todos os valores.

Porém, como havia a sinalização por regularizar a situação ainda antes de o ano terminar, grande parte dos produtores da região resolveu esperar uma manifestação da empresa. Mas o que aconteceu foi que no dia 29 de dezembro foi paga uma pequena parte e apresentado um novo cronograma de pagamento dos atrasados. “Estamos reforçando um trabalho que foi referendado na assembleia realizada no dia 14 de dezembro, que decidiu pela paralisação no alojamento, mas até então estávamos aguardando uma posição da empresa, que efetuou um determinado pagamento até o dia 29 e acabou não efetuando novamente. Então, fez um novo calendário, uma nova proposta de pagamento que vai até março, mas isso não define essa situação do produtor, não contempla o que queremos. Diante disso, vamos dar continuidade àquela definição da assembleia de não alojamento”, salienta o presidente da Avepenca (Associação de Criadores de Frango de Passo Fundo), Luís Jesus.

De acordo com ele, de Montenegro cerca de 500 produtores já enviaram notificação afirmando que não vão alojar enquanto não for feito o pagamento. Já na região de Passo Fundo, que abrange 22 municípios, e na região da Serra, a Avepenca começa um trabalho forte para que todos os produtores façam parte da paralisação. “O que precisamos é de pagamento, pois a situação já passa de três anos de atrasos, pagam uma pequena parte para cada um, daí o agricultor fica parado e volta à mesma situação. Então, agora, tem que se definir, não se aguenta mais a descapitalização do produtor”, reforça Jesus.

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