Na contramão da estatística estadual, que apontou um crescimento de 3,6% no índice de roubos de veículos em 2011, Passo Fundo teve uma redução de 33% nesse tipo de crime, comparado ao ano anterior. Por outro lado, o risco de deixar o carro estacionado nas ruas da cidade aumentou. Dados da Secretaria da Segurança revelam um crescimento de 17% no número de veículos furtados (sem a presença da vítima), em relação a 2010.
Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram furtados 443 veículos e roubados 261. Juntos, a média é de quase dois por dia. Responsável pelas principais operações realizadas nos últimos anos para tentar estancar os dois tipos de crimes, que juntamente com o tráfico de drogas, consomem o maior tempo de trabalho da Polícia Civil em Passo Fundo, o titular da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Captura (Defrec), delegado Adroaldo Schenkel, diz que a redução dos roubos é significativa, principalmente por ser um delito que apresenta riscos às vítimas, e que o crescimento dos furtos continua preocupando.
Entre 2009 a 2011, Schenkel comandou três grandes operações para desarticular quadrilhas que tinham destinações diferentes para os veículos furtados e roubados na cidade. Na primeira delas, desencadeada em 2009 e batizada de Barriga Verde, os policiais desmontaram um grupo que levava carros de Passo Fundo para serem desmanchados e comercializados em Chapecó. Em fevereiro de 2010, a operação Monarcas tirou de circulação 17 pessoas acusadas de cobrar resgate das vítimas para devolver veículos furtados. Em setembro do mesmo ano, na operação Lagoão, a Defrec prendeu nove homens que faziam parte de uma conexão com o Paraguai. Carros furtados ou roubados em Passo Fundo eram entregues em Marau e, posteriormente, levados para o país vizinho. “Parte da redução nos roubos se deve ao desmonte desses grupos, mas ainda tem gente sendo investigada” afirma.
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