Seca deixa avicultores ainda mais preocupados

Além dos atrasos no pagamento dos lotes, produtores sofrem com as perdas na lavoura

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A falta de chuvas que está afetando a região está deixando ainda mais preocupados os avicultores de Passo Fundo. Agora, além dos atrasos nos pagamentos dos lotes de frangos entregues para abate na empresa Doux Frangosul, as outras atividades desenvolvidas nas propriedades estão prejudicadas.

“A situação é desesperadora hoje, porque não tem mais de onde tirar dinheiro e nem onde buscar”, destaca o presidente da Avepenca, Luís Jesus. De acordo com ele, o alojamento de aves para a empresa é, muitas vezes, a atividade de sobrevivência da propriedade. “Agora, os que têm outras atividades, estão ainda enfrentando a seca que vem a aumentar o problema do agricultor. Quem trabalha com leite, está tendo a produção menor, também existe queda da produção de milho e a soja está se desenhando quebra de produção. Está aumentando muito o desespero do agricultor em função dessa situação e da questão do frango, que vem assim há três anos”, salienta.

Para debater a situação, na última sexta-feira (6) foi realizado um encontro no distrito de São Roque. Na ocasião, os avicultores presentes se mostraram dispostos a entrar na paralisação, que deve ser estadual, conforme havia sido indicado em assembleia realizada no dia 14 de dezembro em Montenegro. “É a vontade dos avicultores, já tem alguns parados, outros estão parando. No estado, como um todo, já temos o número de 650 avicultores com indicação de paralisação, que atendem os frigoríficos de Passo Fundo e Montenegro”, comenta Jesus.

Os atrasos nos pagamentos por parte da empresa chegam a três lotes. “No início de janeiro a empresa refez um cronograma que vai até março para atender parte do atrasado, não todo, em torno de 80%. E aí também está se avaliando com os avicultores essa situação. Alguns receberam uma parte do pagamento, outros ainda não receberam nada. Está em torno de 150 dias o atraso, são três lotes por avicultor”, ressalta.

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