As investigações de uma fraude contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), revelada em outubro do ano passado, continuam sendo realizadas pela Polícia Federal e pela corregedoria do INSS. O grupo investigado desde 2007 é suspeito de ter causado um rombo de R$ 4 milhões aos cofres da previdência e prejuízos para dezenas de empresas. Três servidores do INSS suspeitos de integrarem a quadrilha seguem afastados por ordem judicial até o fim da investigação.
Conforme o gerente executivo do INSS em Passo Fundo Adair Carlos Maciel não há novidades sobre a investigação. No entanto, nos meses seguintes a realização da operação a diminuição do número de requisição de perícias para casos de depressão teve uma redução significativa, embora não haja um cálculo para definir em quanto esse número foi reduzido.
O esquema
A fraude descoberta em Passo Fundo era liderada por um despachante que aliciava os servidores e encaminhava toda a documentação necessária para requisição do benefício, além de orientar as pessoas sobre como deveriam agir durante a perícia. Os servidores envolvidos na fraude tinham entre outras incumbências, agendar e direcionar consultas para os médicos da quadrilha. O lucro dos criminosos era obtido com a venda do atestado e da cobrança de parcelas do benefício. Em 2010 os atestados para depressão representaram 40% do total emitido. No país a média para este tipo de doença é de 10% do total de atestados.
Agendamento
O agendamento de perícias continua sendo feito normalmente pelo telefone 135.