Alguns produtores rurais tiveram perdas mínimas em meio ao cenário de prejuízo ocasionado pela estiagem que assola a região e também o município de Passo Fundo. Os resultados positivos desses agricultores se devem a sistemas de irrigação e manejo adequado do solo. Períodos de estiagens tornam-se frequentes no Rio Grande do Sul e especialistas afirmam que para evitar novos prejuízos os produtores precisam se conscientizar sobre a importância de adotar medidas para enfrentar esses períodos de escassez de chuva.
Conforme o agrometeorologista Gilberto Cunha, o último boletim mensal El Niño/Southern Oscillation (ENSO) Diagnostic Discussion, liberado no dia 5 de janeiro de 2012 pelo Centro de Previsão Climática dos EUA (Climate Prediction Center/NCEP/NWS), alerta para a persistência do La Niña, pelo menos, até março de 2012.
Alguns modelos de previsão indicam que a condição mais provável do fenômeno será de intensidade fraca a moderada, já outros estimam que seja o evento mais forte dos últimos 50 anos. “Lamentavelmente, haverá prejuízos. Todavia, o grau desse prejuízo vai depender de quanto essas medidas foram adotadas ou não e de como a situação das chuvas vai evoluir daqui para diante”, salienta Cunha. O engenheiro agrônomo da Emater, que está acompanhando de perto os prejuízos da estiagem, Cláudio Dóro, afirma que essa não foi a primeira e não será a última estiagem. “Quem não aprender com esta estiagem vai cair na mesma armadilha, na mesma situação e terá novamente prejuízos”, afirma Dóro.
Entre as medidas citadas pelos especialistas para amenizar e lidar com situações de estiagem e seca estão a construção de açudes e a aquisição de equipamentos de irrigação. “A irrigação não deveria ser usada só em épocas de estiagem. Ela deveria estar presente sempre na lavoura. Assim como a lavoura precisa de sementes e adubo, a irrigação também deveria ser um insumo indispensável”, frisa o engenheiro agrônomo.
Falta de interesse do produtor
Entre as dicas para os agricultores está a necessidade de investimento em sistemas de irrigação e manejo do solo. Conforme o engenheiro agrônomo, nos últimos sete anos foram registradas três estiagens fortes e os produtores ainda não aprenderam a lição. “Muitos ainda estão pagando as dívidas da estiagem histórica de 2005. Faltam conscientização e interesse do produtor, porque linhas de créditos têm”, disse Dóro.
Dóro revela que os agricultores que estavam estruturados com irrigação, solo fértil, um bom manejo do solo e utilizaram bastante palha atravessam a estiagem com menor preocupação.
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