Solucionar conflitos através de conversação e ouvindo os dois lados. Este é o princípio básico do trabalho realizado pelos mediadores e equipe técnica que atuam nos dois Núcleos de Justiça Comunitária de Passo Fundo, programa que é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Segurança Pública, coordenada por Márcio Patussi, em parceria com a Imed. Um deles funciona no bairro Zachia. O outro, no Valinhos. Em cada um, são 10 mediadores trabalhando, mais uma equipe composta de advogado, psicólogo e assistente social. A ideia é encontrar uma solução para pequenos problemas dentro do próprio bairro, sem que se tenha que acionar a Justiça.
Esta semana, o Comunidade em Ação vai mostrar como estão sendo desenvolvidas as atividades no Zachia. Na próxima, os leitores conhecerão os mediadores que estão fazendo a diferença no Valinhos. Em ambos os bairros, as ações são desenvolvidas por pessoas que, obrigatoriamente, são moradores do local. É a própria população fazendo um importante trabalho por ela mesma, um grande exemplo do que realmente é uma comunidade em ação. Conheça agora alguns desses personagens.
Moradora do bairro há 25 anos
Suzana Graeff é uma das mediadoras do bairro Zachia. Ela, como os demais mediadores, passou por um curso de capacitação com o objetivo de desenvolver diversas habilidades como a de conversar com todos os envolvidos em cada conflito e também de como abordá-los.
Desde o dia 11 de julho, data que o Núcleo deu início às atividades de mediação, Suzana é uma das pessoas que tentado mudar a realidade do bairro. Justamente ela, que no princípio não se interessou pelo programa, agora faz parte do grupo de 10 pessoas que é responsável por ajudar a população a resolver os seus problemas entre vizinhos ou mesmo na família. “Realmente não me interessei pelo programa no começo, mas como estava acontecendo bastante conflito no bairro e pela influência da minha sogra que me apoiou bastante, acabei me interessando e entrei no projeto para ajudar a população, a nossa comunidade”, conta.
Suzana mora no Zachia há 25 anos e viu o bairro crescer e também os conflitos. “O mediador trabalha para ajudar as pessoas a resolver os problemas aqui mesmo no bairro, sem que se precise entrar com um processo, por exemplo. As pessoas vêm até aqui e depois é sentar conversar, tentar resolver, saber a posição dos dois lados”, explica.
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