Em recente pesquisa feita com 20 % dos professores municipais de Passo Fundo, foi revelado que a maioria dos profissionais sofre desgaste físico ou psicológico por conta da atividade. A iniciativa do estudo foi do Centro Municipal de Professores (CMP), com o acompanhamento do Sindicato dos Servidores Municipais de Passo Fundo (Simpasso). De acordo com o professor Rangel C. Rodrigues, responsável pela comunicação do CMP, os resultados ainda são preliminares e os dados completos dos questionários aplicados devem ser divulgados em fevereiro.
A pesquisa foi realizada em 2011, com 240 professores que atuam nas escolas municipais, com idade entre 30 a 50 anos. O objetivo foi acompanhar de perto a situação enfrentada por cada educador, observar os problemas e achar soluções mais efetivas para o magistério. Na opinião das entidades, a classe está desassistida em meio às grandes dificuldades apresentadas recentemente no ambiente escolar.
De acordo com os resultados, 137 professores apontaram o como principais problemas enfrentados a indisciplina, violência escolar, excesso de trabalho, número elevado de alunos em pequenas salas e baixo salário. A falta de comprometimento familiar também estaria entre os agravantes para esse índice. Os dados ainda consideram que a depressão é a doença que mais aflige os educadores, somando 35% dos casos. Atualmente, a grande maioria está sendo acompanhada por psiquiatras, psicoterapeutas e psicólogos. Outros problemas enfrentados pelos professores municipais são: alergias (principalmente por causa do pó de giz), dores de cabeça constante, problemas articulares, insônia, problemas cardíacos, hipertensão, dores musculares, síndrome do pânico e problemas nas cordas vocais. Esse último provocado, de acordo com as professoras, pela quantidade exagerada de alunos em algumas turmas, onde a exigência do uso da voz é maior.
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*Com a colaboração do Simpasso