Desabastecimento já atinge unidade da Doux em Montenegro

Segundo informações extraoficiais, cerca de 1.500 integrados já deixaram de fornecer suínos e aves para abate

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Redução de um turno de trabalho e um dia de paralisação das atividades estão sendo as primeiras consequências enfrentadas pelas unidades da Doux Frangosul em Montenegro e Caxias do Sul. Isso está acontecendo porque cerca de 40% dos produtores integrados de frangos e suínos não estão alojando animais até que a empresa pague os valores em atraso.
Em Passo Fundo, a produção ainda está normal, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação. “Soubemos que Montenegro já está afetando, mas aqui ainda permanece normal e torcemos para que não atinja a unidade, por causa do grande número de trabalhadores que seriam atingidos. Entrei em contato com a empresa hoje (24) pela manhã e garantiram que produção está normal”, afirma o presidente.

Porém, conforme o assessor de política agrícola da Fetag, Airton José Hochscheid, a suspensão do alojamento deve acabar atingindo a unidade de Passo Fundo. “A decisão da assembleia é exatamente a de suspender o alojamento de frangos e também de suínos enquanto não houver pagamentos. Essa é uma decisão tomada em assembleia pelos produtores, realizada no dia 17 de janeiro”, salienta.

De acordo com ele, a expectativa é de que nem todos os produtores parem, “mas o levantamento que nós temos nos mostra que de 30% a 40% dos produtores parou efetivamente de alojar. Isso certamente vai impactar e profundamente a produção da empresa. Enquanto não pagar, no mínimo, dois lotes daquilo que está em atraso, os produtores não vão alojar mais. É evidente que algumas regiões que estão aderindo mais e outras menos, mas a adesão no estão está em torno de 40% dos produtores integrados do estado”, destaca.

Segundo o assessor, desde que começou a crise, alguns integrados pararam definitivamente, inclusive alguns mudaram de empresa. “A adesão é muito grande principalmente de produtores de frango”, afirma. Com isso a entidade e os produtores estão no aguardo de uma posição da empresa. “Após a realização dessa última mobilização, encaminhamos a deliberação da assembleia para a empresa, que ficou de se manifestar durante esta semana. Até o momento não recebemos nenhum comunicado oficial”, explica Hochscheid.

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