Mais de 1, 2 mil pacientes utilizaram próteses com registro cancelado

Segundo informações da Coordenadoria Regional de Saúde os próprios profissionais já estão entrando em contato com as pacientes para os exames de revisão

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Nos primeiros dias deste ano a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro de duas próteses mamárias utilizadas nas cirurgias para aumento dos seios. A prótese PIP, de origem francesa, teve o cancelamento baseado nos resultados de testes indicando a presença de um tipo de silicone diferente do que havia sido autorizado para produção das próteses. A Anvisa também determinou o recolhimento das próteses, que tiveram o uso suspenso no Brasil em abril do ano passado

A outra, Rofil, holandesa, teve o cancelamento do registro dias depois. Segundo a Anvisa, a partir investigação sobre as próteses mamárias da empresa francesa Poly Implant Prothese (PIP), também analisou a documentação do registro da prótese mamária Rofil e identificou que a fabricação do produto foi terceirizada para a empresa PIP, que admitiu ter utilizado silicone industrial. Ou seja, alterou o processo produtivo, não correspondendo as informações técnicas comprovadas fornecidas quando da realização do seu registro.

Com isso, em 11 de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde definiu as regras para o atendimento das pacientes brasileiras que tiveram as referidas próteses implantadas. De acordo com a resolução do ministério, as pacientes com implantes das próteses de marca PIP e Rofil que apresentarem problemas de ruptura serão atendidas pelo SUS e pelos planos de saúde.

Em Passo Fundo, segundo levantamento da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) existem 1,2 mil pacientes que fizeram uso de próteses mamárias das marcas que tiveram o cancelamento do registro. De acordo com o coordenador regional de Saúde, Alberi Grando, os próprios profissionais que fizeram a cirurgia para a colocação dos implantes estão entrando em contato com suas pacientes e chamando-as para fazer exames para reavaliar a condição do produto. “Nossa sugestão, enquanto coordenadoria, é que as pacientes que utilizaram estas próteses e que ainda não foram contatadas pelos médicos que elas próprias os procurem pedindo para fazer a revisão, principalmente se notaram alguma alteração”, salienta Grando.

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