Cuidado com os fios soltos

Fios de telefone soltos também representam perigo. Reportagem do ON mostra que não há um setor ou órgão municipal ou estatal que fiscalize

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No dia 19 de janeiro deste ano, em Canela, uma criança morreu ao cair sobre um fio de telefone que estava enrolado com um cabo de energia. Maria Eduarda Tegner, de sete anos, foi socorrida e chegou a ser reanimada no hospital, mas não resistiu a uma parada cardíaca. O fio ficou por cerca de um ano e meio solto na rua. O acontecimento levou várias pessoas a questionarem a seguinte situação: fios de telefone podem de fato dar choques, e consequentemente representar risco de vida? A reportagem do ON foi averiguar e constatou que é cada um por si e por seus cabos.

Em Passo Fundo, cada empresa de telefonia realiza manutenção dos seus cabos, mas não há um órgão ou um setor responsável que fiscalize esta questão em específico, seja ele estatal ou municipal. Ao avistar um fio solto, seja de luz ou telefone, resta ao cidadão chamar a companhia de energia elétrica ou alguma das operadoras telefônicas para resolver o problema.

Primeiros socorros

E caso aconteça um acidente como ocorreu em Canela, como você pode proceder? De acordo com o Tenente Paulo Roberto de Sousa, do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo, uma descarga elétrica pode causar uma parada cardíaca deixando a pessoa inconsciente e sem respiração, dependendo da voltagem. “Sabemos que se alguém fica em média cinco minutos sem respirar, tempo que pode variar entre cada pessoa, ela pode acabar morrendo”, destacou. Além disso, se a vítima ficar muito tempo sem oxigênio poderão ocorrer sequelas irreversíveis.

A rapidez no atendimento de uma vítima de choque elétrico é essencial e quem trabalha com eletricidade deve ter noções de primeiros socorros. O primeiro passo é desligar a corrente, e caso isto não seja possível, afastar a vítima do fio ou da fonte de energia com um material que esteja seco e não seja condutor de eletricidade. Após acionar o telefone de emergência dos bombeiros (192 ou 193), fazer uma respiração artificial enquanto aguarda o atendimento pode ser o diferencial para que se tenha êxito no salvamento.

Para dar noção do perigo, o Ten. Souza lembra uma ocorrência em 2011 onde duas pessoas que estavam instalando um poste de concreto no bairro Santa Marta morreram eletrocutadas. “Acontece que o poste tem uma base de ferro para dar sustentação, e um fio de alta tensão encostou-se a esta base. As duas pessoas entraram em óbito de forma praticamente instantânea”, alertou. Segundo ele, o que o Corpo de Bombeiros pode fazer é o isolamento do local, mas o desligamento da rede é feito pelos profissionais da concessionária local, no caso de Passo Fundo é a Rio Grande Energia (RGE).

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