Antes do desabamento dos prédios no Rio de Janeiro, no dia 25 de janeiro, eram raras as denúncias de obras irregulares em Passo Fundo. Mas após o acidente, na Inspetoria Regional do CREA , em duas semanas, sete obras foram denunciadas. No Estado, segundo levantamento realizado nos primeiros seis dias após a tragédia, houve um crescimento de 35% no número total do mês. A preocupação com possíveis irregularidades também causou uma procura maior no departamento de obras da Prefeitura. Segundo o engenheiro da Prefeitura, Sérgio Leal, vizinhos de apartamentos em obras começaram a ligar demonstrando preocupação com reformas realizadas. “Todas as denúncias foram checadas. Com o endereço do imóvel podemos verificar no sistema se a obra foi autorizada e, se não foi, fazemos a vistoria no local”, garantiu. Neste caso, o proprietário do imóvel é obrigado a contratar um engenheiro ou arquiteto, além de ser feita uma vistoria para verificar o que compromete ou não a estrutura do local.
O Engenheiro e Inspetor Chefe do CREA-RS na região de Passo Fundo, Plínio Donassollo, explicou que o risco depende de diversos fatores, como o estado e a estrutura do imóvel, a época em que ele foi construído, entre outros. Por isso, ele ressaltou a importância do acompanhamento de um profissional habilitado e registrado antes e durante a obra. “É este profissional que vai avaliar se o que proprietário quer fazer no seu imóvel é possível e seguro”, garantiu.
Fiscalização
Para garantir a presença do engenheiro ou arquiteto na obra, além da fiscalização do município, o CREA-RS também recebe denúncias e realiza vistorias periódicas em obras na cidade e região. A Inspetoria Regional de Passo Fundo acompanha 43 municípios da região com três agentes fiscais que inspecionam in loco as construções e reformas.
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