Em 2011 a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcas) registrou um número de adoções considero extremamente positivo em comparação ao registrado durante períodos anteriores. Foram mais de 50 crianças e adolescentes que retornaram ao convívio de suas famílias biológicas ou receberam a adoção de novos pais. Em 2010 o número ficou abaixo da metade, foram apenas 22 menores que voltaram a ter a “sua” casa. “Este é o resultado de um esforço muito grande das equipes, que envolvem monitores, coordenadores, psicólogos, assistentes sociais, além do Juizado da Infância e Juventude e Ministério Público”, avalia o secretário da pasta, Adriano José da Silva.
Adriano explica que até o obter atual foram realizadas alterações e houve empenho conjunto. Um dos marcos data 2009, quando o Município fez o reordenamento das casas de acolhimento institucional, mediante achamada "Lei de Adoção". Hoje são três as instituições que acolhem crianças e adolescentes em Passo Fundo: Herbert de Souza ‘Betinho’, Roberto Pirovano Zanatta e Anita Garibaldi. “Cumprindo a legislação, temos os planos individuais de atendimento para cada criança e adolescente acolhido”, comenta. Na opinião do secretário o trabalho das outras pastas também contribuiu para a realidade mais amena reconquistada por 55 crianças. Na área da Saúde contribuiu o tratamento para dependentes de drogas e na de Habitação a secretaria possibilitou vias para que famílias adquirissem sua moradia.Recepcionados por parentes próximos, com os responsáveis saindo da condição de miserabilidade ou reabilitados do vício em entorpecentes, 35 dos acolhidos retornaram ao convívio familiar durante o ano passado. Outros 17 foram adotados e três crianças precisaram ser encaminhadas para tratamento especializado devido a problemas crônicos de saúde.
Dois anos é período máximo que elas deveriam permanecer nestes locais. Porém, como a realidade por vezes não condiz com o determinado no papel, não é incomum que crianças e adolescentes permanecem por mais tempo nestas instituições. Isso acontece por falta de opção. Enquanto elas estão nas casas, as equipes responsáveis fazem os esforços possíveis para que existam condições de que retornem ao seio das famílias de origem ou encontrem uma nova “paternidade”. Contudo, o tempo é um inimigo. Quanto mais tarda a adoção, menores as chances de se efetivar. “A grande dificuldade que temos hoje é encontrar famílias que queiram adotar crianças com mais de quatro anos de idade”, lamenta o responsável pela Semcas. A idealização de padrões físicos e psicológicos é outro empecilho. “Acontece muito que as famílias ao chegar ao JIJ (Justiça da Infância e da Juventude) para encaminhar a adoção, querem escolher as crianças. Elas buscam o perfil que consideram ‘perfeito’: crianças loiras dos olhos verdes ou morenas dos olhos azuis. Além da grande procura ser por recém-nascidos ou crianças na faixa de até três anos”, completa o secretário.
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