O Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Passo Fundo e Região entregou ontem um comunicado ao Prefeito Airton Dipp, ao presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Miguel Scheis, ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho, cobrando soluções para resolver a situação dos funcionários e produtores integrados da Doux Frangosul em Passo Fundo. Segundo Miguel Santos, a empresa não está cumprindo com as obrigações trabalhistas, o que tem causado maior preocupação sobre o futuro dos 1,7 mil funcionários. “A empresa comunicou informalmente a concessão das férias coletivas para mais de 600 funcionários a partir do dia 5 de março, paralisando o segundo turno da produção, que funciona entre 15h e 5 horas. Ainda estamos esperando que isso seja formalizado”, cobrou Santos. Segundo a legislação trabalhista, a empresa é obrigada a fazer a comunicação por escrito ao Ministério do Trabalho e ao Sindicato, informando o início e o final das férias, especificando, ainda os estabelecimentos ou setores abrangidos.
Quadro reduzido
A redução do quadro de empregados também preocupa o Sindicato, já que a empresa não repôs cerca de 1,5 mil vagas em aberto deixadas após a grande onda de pedidos de demissões que aconteceu no final do ano passado. “Uma grande parte dos funcionários pediu demissão e não houve reposição ainda”, relatou. Em novembro do ano passado, a planta de Passo Fundo empregava mais de 3,2 mil funcionários. Agora, são apenas 1,7 mil funcionários, que estão mantendo o mesmo ritmo de produção. “A média de abate por turno é a mesma”, disse. Na sexta-feira (17), cada turno abateu pelo menos 160 frangos. “Como isso é possível se antes o mesmo serviço era feito com quase o dobro dos funcionários? A crise não é por falta de frango e de serviço?”, questionou.
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