Mau cheiro proveniente dos bueiros, vazamentos na canalização com água vertendo do asfalto há meses e buracos que surgem inesperadamente. Estas são as reclamações que a Redação do Jornal O Nacional recebeu nas últimas semanas, por parte de quem mora ou trabalha na Rua Uruguai, no trecho das quadras situadas entre as ruas Capitão Araújo e 20 de Setembro. Além dos transtornos óbvios para quem transita pelo local, a área é predominantemente ocupada por edifícios do setor médico, com grande fluxo de pessoas, o que torna ainda mais desagradável a situação.
Na tarde de quarta-feira, 22, o empresário Luciano Tomasini foi surpreendido enquanto manobrava o carro em frente à sua casa com um rombo no calçamento. “De repente abriu um buraco e a roda dianteira caiu inteira dentro”, relata. Para que o automóvel fosse retirado um guincho prestou auxílio. De acordo com Tomasini que reside na Uruguai e com um vizinho, não havia qualquer sinal de que o chão estivesse cedendo. Porém uma abertura de aproximadamente 1m², surgida subitamente preocupa. Os moradores afirmam que nas calçadas próximas o terreno já cedeu algumas vezes. Para evitar que outros motoristas, ou mesmo pedestres caíssem, foram colocados pneus velhos e um galho de árvores como forma de alerta. Os dois vizinhos também reclamam do odor exalado das bocas de lobo.
Na semana passada um cano rompido jorrava uma água fétida, próximo a um conjunto de prédios da área médica, conforme registrado na edição do dia 15 deste mês. O engenheiro Ricardo Luis Deboni, responsável por uma obra situada bem em frente ao vazamento, afirmou que desde novembro entrou em contato com diversos órgãos municipais sem receber qualquer retorno satisfatório desde. Somente no mês de janeiro foram pelo menos 11 ligações contabilizadas na agenda do engenheiro, que afirma ter ido pessoalmente à Secretaria de Obras, sem obter sucesso. Além do mau cheiro, Deboni alertou para o risco oferecido aos passantes. Ele conta que uma senhora já resvalou e caiu um tombo devido ao limo formado sobre o líquido que corre ininterruptamente. Após o incidente os trabalhadores da obra improvisaram uma sinalização e colocaram tapumes sobre a parte escorregadia.
Consultada sobre a responsabilidade, a Corsan informou que não possui rede de esgoto no local, o que existe na área é a tubulação pluvial. Segundo o chefe da Coordenadoria Operacional, Rubens Nunes Maciel a tubulação da concessionária vai até Rua Marcelino Ramos e os problemas detectados se dão a partir da Rua Capitão Araújo. “Aquela quadra (da Marcelino Ramos), em direção à Petrópolis é quase um divisor de águas. Nós não temos como coletar esgoto a partir daquele lado. Não temos rede coletora porque não teríamos onde lançar aquele esgoto”, explica.
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